O Brasil recebeu o quarto voo de deportados dos Estados Unidos, com a chegada de 135 brasileiros, neste sábado (15). O primeiro trecho do voo que tinha como destino a capital do Ceará, Fortaleza, pousou às 11h20 da manhã e seguiu para o aeroporto internacional de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
Com esta nova repatriação, o número total de brasileiros deportados dos EUA chega a 498. O primeiro voo trouxe 158 pessoas, o segundo, 111, e o terceiro, 94.
As aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) realizam o transporte de pessoas deportadas dos EUA, um processo que teve início após as medidas rigorosas adotadas pelo presidente americano Donald Trump em relação à imigração.
Em Belo Horizonte, a sala de autoridades do aeroporto foi temporariamente transformada em um Posto de Acolhimento aos Repatriados. De acordo com o governo federal, o serviço de recepção, inclui: água, alimentação, pontos de energia, internet e banheiros. Além disso, uma equipe multidisciplinar, composta por assistentes sociais e psicólogos, está disponível para prestar apoio aos deportados.
Os repatriados também receberão orientações sobre documentação e regularização migratória. O apoio logístico incluirá auxílio para o deslocamento às cidades de origem de cada deportado, além de suporte para o contato com familiares e, se necessário, acolhimento temporário.
Histórico dos Voos
Nos primeiros voos, relatos de deportados indicaram problemas com alimentação, falhas técnicas nas aeronaves, maus-tratos e agressões durante o voo americano, que desembarcou em Manaus.
Em janeiro, o Ministério das Relações Exteriores classificou como “inaceitável” o tratamento recebido pelos deportados, que chegaram algemados nas mãos e nos pés.
Depois do acontecido, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que disponibilizaria aeronaves para buscar os brasileiros deportados dos Estados Unidos.
A decisão foi definida em reuniões do grupo de trabalho criado para discutir o tema, com a participação de representantes do Itamaraty, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícia Federal e autoridades dos Estados Unidos, incluindo membros da Embaixada americana em Brasília e do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA.
*Sob supervisão de Felipe Souza