A Câmara de Vereadores de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, recusou nesta terça-feira (18), o pedido de cassação do vereador Kleberton Feitosa (PSB), protocolado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).
Kleberton invadiu um consultório médico do Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), filmou a médica durante o plantão e, segundo ela, a teria constrangido e difamado.
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A justificativa para o pedido de cassação ser rejeitado é que, conforme o artigo 85 do Regimento Interno, a denúncia deve ser apresentada de forma escrita por um eleitor. O pedido, no entanto, foi feito pelo CRM e, dessa forma, não foi aceito.
“Ante o exposto, a Procuradoria-Geral da Câmara manifesta-se desfavorável ao recebimento da presente denúncia, a qual decorre da falta de legitimidade ativa do autor”, diz trecho do documento.
Entenda o caso
O CRM sustenta que após a análise das imagens do circuito interno hospital, ficou constatado que a médica acusada pelo vereador de abandonar o plantão, não saiu da unidade em nenhum momento.
Durante a gravação, o parlamentar afirmou que a médica não estava cumprindo suas funções adequadamente porque não havia sido encontrada no consultório.
Para evitar ter sua imagem exposta, a médica disse que se escondeu no banheiro. Após o ocorrido a profissional pediu demissão.
O CRM informou ao Primeira Página que não irá se manifestar sobre a decisão da Câmara.

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Além do recente caso, cabe destacar que Kleberton Feitosa também é investigado pela Polícia Federal por um esquema de compra de votos durante as eleições de 2024, quando ele foi eleito com mais de 2,4 mil votações.