Facção usava loja de artigos religiosos para lavar dinheiro do tráfico de drogas em MT


Uma facção criminosa, investigada por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, é alvo da Operação Fruto Oculto, deflagrada na manhã desta sexta-feira (4). As investigações, iniciadas em 2024, no município de Paranaíta, a 849 km de Cuiabá, revelaram que o grupo movimentou mais de R$ 50 milhões por meio de atividades ilegais.

Quatro empresas de fachadas eram usadas para lavagem de dinheiro, dentre elas uma loja de artigos religiosos, localizada na capital mato-grossense.

Mandados contra facção que usava loja de artigos religiosos para lavar dinheiro do tráfico são cumpridos em condomínio de Cuiabá (Foto: PJC)

São cumpridas 75 ordens judiciais, sendo 24 mandados de prisão preventiva, 29 de busca e apreensão, além de bloqueios bancários, sequestro de bens e suspensão de quatro empresas, que eram usadas para lavagem de dinheiro de ilícitos. 

As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Criminal de Sinop e são cumpridas nas cidades de Paranaíta, Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Pontes e Lacerda e Terra Nova do Norte.

Em Cuiabá, mandados são cumpridos em um condomínio no bairro Morada do Ouro. 

A loja de religiosos era a única que funcionava de forma regular. O empreendimento era utilizado como fachada pela facção criminosa para “limpar” dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A Justiça determinou o fechamento imediato do estabelecimento.

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24 mandados de prisão são cumpridos em Mato Grosso. (Foto: PJC)

Além da loja religiosa, outras três empresas de fachada — localizadas em Cuiabá, Várzea Grande e  São Paulo — foram identificadas como parte do esquema. O suposto sócio de uma delas, morador do Amazonas, também é alvo da operação.

O foco da operação é descapitalizar a facção, atingindo diretamente sua estrutura financeira.

Hierarquia das atividades 

Durante as investigações, também foi possível mapear o funcionamento da organização: divisão de tarefas, envolvimento com menores de idade, tráfico de drogas, porte de armas e lavagem de dinheiro. 

Em uma etapa anterior da investigação, sete mandados foram cumpridos em junho de 2024, com a apreensão de drogas como skunk, maconha, pasta base e cocaína, além de armas de fogo e munições. Duas pessoas foram presas.

O nome da operação, Fruto Oculto, faz referência à tentativa de camuflagem do lucro ilícito obtido com o tráfico por meio da criação de empresas fictícias.

A ação contou com o envolvimento de diversas delegacias de Mato Grosso, além do apoio da Polícia Civil do Amazonas e da Divisão de Patrimônio do DEIC, em São Paulo. A operação integra o programa estadual Tolerância Zero, que busca enfraquecer a atuação de facções criminosas no estado.

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