A atividade industrial chinesa demonstrou um ritmo de expansão mais vigoroso no acumulado dos três primeiros meses de 2025, com um aumento de 6,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Este dado, divulgado pelo Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) da China, revela uma aceleração em relação ao crescimento de 5,9% observado nos dois primeiros meses do ano.
Os dados do DNE também indicam um avanço mensal de 0,44% na produção industrial chinesa durante o mês de março.
A análise do DNE se concentra na produção industrial de valor agregado de grandes empresas, definidas como aquelas com receita anual de pelo menos 20 milhões de yuans (aproximadamente US$ 2,77 milhões) em suas operações principais.
Uma análise mais aprofundada dos números aponta para a crescente importância dos setores de fabricação de equipamentos e de alta tecnologia como motores da produção industrial.
Segundo Sheng Laiyun, vice-chefe do DNE, em coletiva de imprensa, essa tendência sinaliza um progresso constante nos esforços do país para modernizar seu parque industrial, tornando-o mais inteligente, sustentável e tecnologicamente avançado.
O setor de fabricação de equipamentos, que representa uma parcela significativa da produção industrial total (33,7%), registrou um crescimento notável de 10,9% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o ano anterior.
Da mesma forma, o setor de manufatura de alta tecnologia, responsável por 15,7% da produção industrial, apresentou um aumento anual de 9,7% no valor adicionado da produção durante o mesmo período.
Dentro desses setores dinâmicos, a produção de veículos de nova energia e robôs industriais exibiu taxas de crescimento ainda mais expressivas, com aumentos de 45,4% e 26%, respectivamente, conforme os dados do DNE.
Os números divulgados nesta quarta-feira também revelaram que o Produto Interno Bruto (PIB) da China expandiu 5,4% em termos anuais no primeiro trimestre de 2025, superando o crescimento anual de 5% registrado em 2024.
O governo chinês estabeleceu uma meta de crescimento econômico de cerca de 5% para o ano de 2025.
“Tarifaço” não afeta o futuro
Em relação ao cenário comercial internacional, Sheng Laiyun comentou sobre o impacto das recentes elevações tarifárias impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses. Ele reconheceu que tais medidas exercerão alguma pressão sobre o comércio e a economia chinesa no curto prazo, mas não devem alterar a trajetória de crescimento positiva de longo prazo da nação.

“Nós nos opomos firmemente à imposição de barreiras tarifárias pelos Estados Unidos e à prática de intimidação comercial, pois tais medidas são prejudiciais para todas as partes envolvidas”, declarou o vice-chefe do DNE. Laiyun acrescentou que a China implementará políticas adicionais em resposta às mudanças no ambiente externo.
“Uma robusta gama de medidas políticas garante nossa capacidade de lidar com choques e desafios externos”, explicou o vice-chefe do DNE, sinalizando a confiança do governo chinês em sua capacidade de manter o crescimento econômico apesar das pressões internacionais.