As Maldivas proibiram a entrada de portadores de passaporte israelense em seu território, informou o gabinete do presidente na quarta-feira (16), acusando Israel de cometer genocídio contra palestinos na guerra de Gaza, alegação que o país tem negado repetidamente.
O presidente das Maldivas, Mohamed Muizzu, ratificou uma emenda à lei de imigração do país após sua aprovação pelo parlamento na terça-feira (15), segundo um comunicado de seu gabinete.
A emenda introduz uma nova disposição à Lei de Imigração, proibindo expressamente a entrada de visitantes com passaporte israelense nas Maldivas, acrescentou.
“A ratificação reflete a posição firme do governo em resposta às contínuas atrocidades e atos de genocídio cometidos por Israel contra o povo palestino”, afirmou o comunicado.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel e o consulado do país em Colombo não responderam aos pedidos de comentários.
Israel tem rejeitado consistentemente qualquer acusação de genocídio, afirmando que respeita o direito internacional e tem o direito de se defender após o ataque transfronteiriço do Hamas a partir de Gaza em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.
A África do Sul entrou com uma ação contra o arquipélago no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, e a Anistia Internacional a acusou de cometer genocídio contra palestinos em Gaza em um relatório em dezembro passado, acusações que ela negou.
Muizzu, das Maldivas, pediu inicialmente a proibição de portadores de passaporte israelense em junho de 2024, após uma recomendação do gabinete, o que levou o Ministério das Relações Exteriores de Israel a recomendar que seus cidadãos evitassem o arquipélago famoso por suas praias imaculadas e resorts luxuosos.
O turismo é um dos principais motores da economia das Maldivas, respondendo por cerca de 21% do seu PIB e gerando uma receita de US$ 5,6 bilhões em 2024, segundo dados do governo.
A nação insular espera uma receita de cerca de US$ 5 bilhões este ano.
