O partido da líder da oposição equatoriana e ex-candidata presidencial, Luisa González, solicitou ao conselho eleitoral do país na terça-feira (22), que revise a contagem dos votos presidenciais em 1.729 urnas, para provar o que afirma ter sido uma fraude eleitoral.
Autoridades eleitorais e observadores externos afirmaram que o atual presidente Daniel Noboa garantiu um mandato completo após vencer o segundo turno no dia 13 de abril, mas o partido Revolução Cidadã solicitou revisões das urnas que, segundo ele, a documentação está incompleta ou incorreta.
O Conselho Eleitoral Nacional (CNE), cujo presidente divulgou o número em uma coletiva de imprensa, agora analisará o pedido e poderá aprovar a recontagem de todas, algumas ou nenhuma das urnas.
Oposição não reconhece o resultado
Luisa González se recusou a aceitar os resultados de sua derrota para Daniel Noboa no segundo turno das eleições presidenciais, afirmando que “o Equador vive uma ditadura e a fraude mais grotesca de sua história”.
Em sua primeira declaração após a divulgação dos resultados no dia 13 de abril, que lhe deram 44,08% dos votos válidos, contra 55,92% de Noboa e 89,59% da contagem de votos, González anunciou que solicitaria a reabertura das urnas e a recontagem dos votos.
“Denuncio perante meu povo, a mídia e o mundo que o Equador vive uma ditadura e a mais grotesca fraude eleitoral da história da República do Equador”, declarou González, sem apresentar provas que sustentassem sua afirmação.
A candidata afirmou que “a Revolução Cidadã sempre reconheceu a derrota quando pesquisas e dados de acompanhamento mostraram isso”.
“Mas hoje não reconhecemos os resultados”, enfatizou.