A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou nesta segunda-feira (30) que criminosos deixaram de arremessar ilícitos por cima dos muros e passaram a utilizar drones para enviar drogas e outros objetos ilegais aos presídios de Campo Grande.
De acordo com a agência, entre os materiais já interceptados pelas forças de segurança estão drogas, celulares e carregadores, todos transportados por aeronaves não tripuladas.
A mudança de estratégia, segundo a Agepen, está relacionada à falta de efetivo nas muralhas das unidades prisionais, o que facilita a atuação dos criminosos.
Para conter esse tipo de ação, presídios do Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, como o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho (Presídio de Segurança Máxima), estão passando por processo de instalação de telas sobre os pátios — uma barreira física que impede o sobrevoo dos drones.
Unidades como as Penitenciárias da Gameleira já contam com o telamento e, por isso, não registram esse tipo de ocorrência.
Além das barreiras físicas, há uma atuação conjunta entre a Polícia Penal e a Polícia Militar para interceptar os drones.
Quando uma aeronave é avistada, a PM é acionada e, em diversos casos, consegue localizar os operadores dos equipamentos.
Também são realizadas apreensões diretamente pelos policiais penais, tanto de drones quanto de materiais ilícitos arremessados.
A segurança é reforçada ainda por sistemas de videomonitoramento e vistorias regulares nas celas, como forma de coibir a entrada e circulação de objetos proibidos.