grão asiático pode valer até 3 vezes mais que a soja comum


Tradicional na culinária asiática e cada vez mais presente nos pratos brasileiros, o edamame — também conhecido como soja hortaliça — vem conquistando espaço não só na alimentação saudável, mas também como uma alternativa promissora de renda para a agricultura familiar.

Foto: Embrapa

Nesta semana comemorou-se o Dia Internacional da Agricultura Familiar e a Embrapa chamou atenção para o potencial dessa cultura versátil, que pode ser cultivada em diferentes sistemas produtivos e apresenta excelente aceitação no mercado.

O que é edamame?

Edamame é o nome dado à soja colhida ainda verde, antes de atingir a maturação completa. Diferentemente da soja convencional, que é usada principalmente para extração de óleo ou fabricação de ração animal, o edamame é destinado ao consumo humano direto — cozido, temperado e servido como lanche, acompanhamento ou ingrediente em saladas, sopas e pratos quentes.

Seu sabor levemente adocicado, a textura macia e o alto valor nutricional (especialmente por ser rico em proteínas) o tornam uma excelente opção para consumidores em busca de alimentação saudável e nutritiva.

Por que o edamame é uma boa oportunidade para o pequeno produtor?

A cultura do edamame reúne uma série de vantagens que o tornam atraente para agricultores familiares:

  • Alta aceitação no mercado: com o crescimento da demanda por alimentos saudáveis e fontes vegetais de proteína, o edamame encontrou espaço nos cardápios de restaurantes, redes de supermercados e consumidores finais.
  • Valor agregado: por ser um alimento com apelo gourmet e nutricional, o edamame tem preço de venda superior ao da soja convencional.
  • Versatilidade de comercialização: pode ser vendido fresco, em vagem ou em grãos, e também processado, ampliando as possibilidades de escoamento da produção.
  • Cultivo adaptável: a cultivar BRS 267, desenvolvida pela Embrapa, foi especialmente pensada para consumo humano e se adapta bem a diferentes climas e sistemas produtivos — inclusive aos sistemas agroecológicos e orgânicos.
  • Boa alternativa em áreas menos favoráveis: pode ocupar períodos do ano em que outras culturas têm menor desempenho, otimizando o uso da terra.
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Foto: Canva

Um exemplo que já dá frutos no Brasil

No estado do Rio de Janeiro, famílias agricultoras apoiadas pela Embrapa Agrobiologia já estão colhendo e vendendo edamame. O cultivo vem crescendo como uma solução sustentável, gerando renda, diversificando a produção e fortalecendo redes locais de comercialização.

Esse modelo demonstra como o edamame pode contribuir para uma produção mais resiliente, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico, com foco em práticas sustentáveis e valorização da agricultura familiar.

Como cultivar edamame?

A cultivar BRS 267 da Embrapa foi lançada com foco na produção de grãos grandes, verdes-vivos e com cozimento rápido. Essas características são ideais para o mercado consumidor, que busca praticidade e qualidade.

Além disso, o preparo do edamame é simples: basta cozinhar as vagens em água fervente com sal por alguns minutos. É possível congelar o produto para comercialização posterior, o que amplia ainda mais as janelas de venda e distribuição.

Quem pode plantar?

Qualquer agricultor familiar com interesse em diversificar sua produção pode começar a cultivar edamame. A planta se desenvolve bem em várias regiões do Brasil, especialmente em áreas onde a produção de hortaliças é limitada por questões climáticas.

Com apoio técnico e acesso à cultivar adequada, o produtor pode iniciar com pequenas áreas e ir escalando conforme a demanda.

Dúvidas frequentes

É possível plantar edamame em sistemas orgânicos?

Sim. A cultivar BRS 267 adapta-se muito bem a sistemas orgânicos e agroecológicos, o que torna o produto ainda mais valorizado pelo consumidor final.

Precisa de muita tecnologia ou insumos caros?

Não. O edamame pode ser cultivado com técnicas de manejo simples e de baixo custo, especialmente se houver apoio técnico local.

Onde vender?

O edamame pode ser comercializado diretamente em feiras, para restaurantes, cooperativas ou redes de supermercados que valorizam alimentos diferenciados. Também há demanda por congelados em empresas de processamento.

O edamame pode ser o seu próximo passo

Se você é produtor e quer inovar na lavoura, o edamame pode ser uma excelente alternativa. É nutritivo, de preparo rápido, bem aceito no mercado e tem potencial para gerar bons retornos financeiros — sem exigir mudanças drásticas na estrutura produtiva da propriedade.

A Embrapa oferece informações completas sobre o cultivo, preparo e comercialização do edamame. Acesse www.embrapa.br/soja/edamame e saiba como começar.

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