A polícia italiana informou neste sábado (13) que libertou 33 indianos em fazendas que trabalhavam em condições análogas à escravidão no norte da província de Verona. As autoridades apreenderam quase meio milhão de euros, cerca de R$ 3 milhões, dos dois suspeitos envolvidos no caso.
Abuso de trabalhadores está ganhando destaque na Itália depois de um acidente em junho no qual um apanhador de frutas indiano perdeu o seu braço usando maquinário e faleceu devido aos ferimentos.
No caso mais recente, a polícia disse que os suspeitos de organizarem o crime, também de origem Indiana, trouxeram outros cidadãos indianos com visto de trabalho sazonal, exigindo o pagamento de 17 mil euros de cada sob a promessa de um futuro melhor.
Os imigrantes foram enviados para trabalhar em fazendas, com jornada de sete dias por semana e 10 a 12 horas por dia, recebendo apenas 4 euros por hora, valor que era mantido pelos criminosos até que eles pagassem todas as suas dúvidas, de acordo com a polícia. As autoridades descreveram o tratamento dos imigrantes como “condições análogas à escravidão”.
Como outras nações europeias, a Itália têm uma grande escassez de mão de obra que é comumente preenchida por meio da imigração, em especial em vagas de baixa remuneração. O país também enfrenta problemas de violações das leis trabalhistas.
Segundo dados de 2021 do Istat, Instituto Nacional de Estatísticas, cerca de 11% dos trabalhadores italianos estavam empregados ilegalmente, número que subia para mais de 23% na agricultura.
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