Fruto de um melhoramento genético, o Chester é criado com cuidados especiais para garantir maior quantidade de carne nas partes nobres, como peito e coxas.
No Brasil, o Chester tornou-se sinônimo de ceia natalina, ocupando um lugar de destaque nas mesas durante as festas de fim de ano. Mas você sabe como essa ave surgiu e se popularizou no país? Vamos explorar a história do Chester e entender sua importância nas tradições brasileiras.
O nascimento do Chester
No final da década de 1970, a Perdigão buscava uma alternativa competitiva ao tradicional peru de Natal, então dominado pela Sadia. Para isso, a empresa enviou técnicos aos Estados Unidos, que retornaram com 11 linhagens de uma galinha de origem escocesa.
Essas aves foram levadas para a avícola Passo da Felicidade, em Tangará, Santa Catarina, onde, após três anos de desenvolvimento, surgiu o Chester — nome derivado da palavra inglesa “chest”, que significa peito, destacando a característica marcante da ave: 70% de sua carne concentrada no peito e nas coxas.
Características e produção
O Chester é uma linhagem especial do frango comum (Gallus gallus domesticus), desenvolvida por meio de melhoramento genético para obter maior quantidade de carne nas partes nobres. A produção do Chester tem início em março e se concentra na cidade de Mineiros, em Goiás.
São milhões de unidades produzidas e consumidas a cada ano. A ave é abatida com cerca de 50 dias, um período superior ao do frango convencional, que é abatido com aproximadamente 30 dias. A alimentação balanceada e os cuidados especiais na criação garantem uma carne de menor teor de gordura e sabor mais suave, comparada a outras aves natalinas, como o peru.
Mistério e curiosidade
Durante muitos anos, a Perdigão manteve um certo mistério em torno do Chester, evitando divulgar imagens da ave viva. Isso gerou curiosidade e até lendas urbanas sobre sua aparência e origem.
Em 2020, no entanto, a BRF, dona da marca Perdigão, divulgou fotos do animal vivo, desmistificando as especulações e mostrando que o Chester é uma ave saudável, resultado de aprimoramento genético e cuidados específicos na criação.
Impacto cultural
Desde seu lançamento no mercado brasileiro, o Chester conquistou o paladar dos consumidores e tornou-se um ícone das celebrações natalinas. Sua presença nas ceias de Natal reflete a capacidade da indústria alimentícia de criar produtos que atendem às preferências culturais e gastronômicas de uma população diversa como a do Brasil.
Curiosidades sobre o Chester
• Origem do nome: Derivado do inglês “chest”, que significa peito, destacando a grande concentração de carne nessa região da ave.
• Produção: A criação do Chester é exclusiva da Perdigão, com processos iniciados meses antes do Natal para atender à alta demanda.
• Alimentação: A ave é alimentada com uma dieta balanceada, garantindo carne de qualidade superior e menor teor de gordura.
• Aparência: Apesar de lendas sobre sua aparência, o Chester é semelhante a um frango comum, porém maior e com proporções diferenciadas de carne.
O Chester exemplifica como a inovação e o entendimento das preferências do consumidor podem criar novas tradições e influenciar hábitos alimentares, especialmente em períodos festivos como o Natal.