O aleitamento materno é capaz de proteger mãe, bebê e até mesmo o meio ambiente, segundo Natália Turano, especialista em amamentação do Hospital Israelita Albert Einstein. “O bebê precisa desses nutrientes, que são apropriados para o seu neurodesenvolvimento e pra todo o seu crescimento infantil”, disse Turano em entrevista à CNN.
De acordo com a especialista, a amamentação protege a criança, uma vez que dá componentes para a proteção imunológica do bebê, faz com que a mulher consiga retomar o tamanho ideal do útero de forma mais rápida, previne hemorragias, câncer de mama e de ovário e estimula o vínculo afetivo entre mãe e bebe.
Além disso, o aleitamento também é importante para o meio ambiente, já que a pessoa que amamenta não utiliza mamadeiras ou outros acessórios que possam contribuir para a poluição.
No Agosto Dourado, mês que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, Durano alerta para mitos que são espalhados sobre o assunto. Um deles é a informação de que o leite materno seria fraco.
“Não existe leite fraco, a mulher produz exatamente o leite apropriado para o bebê. Pra se ter ideia, o leite da mãe de um bebê prematuro tem mais proteínas do que o leite produzido para um bebê que nasceu com idade gestacional completa, exatamente por isso”.
De acordo com o Ministério da Saúde, a amamentação é o único fator que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmam que em torno de seis milhões de vidas de crianças são salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.
Ainda conforme Turano, é muito importante a presença de uma rede de apoio durante a amamentação. “Amamentar é natural e instintivo, mas o ato precisa ser aprendido pela mulher e pelo bebê”.
A especialista afirma que, desde que tenha orientação adequada, é muito mais fácil que a pessoa que amamenta consiga passar pelo processo.
A cor dourada para o mês de agosto foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o leite materno um “alimento de ouro”. No Brasil a campanha de Agosto Dourado é instituída pela Lei Federal n°13.345 de 12 de abril de 2017.
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