Américo Martins: Ucrânia quer reforçar poder com troca de ministro


O governo ucraniano passa por uma significativa reestruturação em meio à intensificação do conflito com a Rússia. O ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, juntamente com outros quatro ministros e um vice-primeiro-ministro, apresentaram suas renúncias nesta quarta-feira (4).

Segundo o analista sênior de assuntos internacionais da CNN Brasil, Américo Martins, essa movimentação política “visa reforçar o poder do governo ucraniano” em um momento crítico da guerra. A mudança ocorre às vésperas do outono e inverno, período tradicionalmente desafiador para a defesa ucraniana devido aos intensos ataques russos à infraestrutura do país, especialmente nos setores de energia e aquecimento.

Desafios diplomáticos e militares

Uma das possíveis razões para a substituição de Kuleba seria a dificuldade da Ucrânia em angariar aliados fora do chamado “mundo rico” ocidental. O novo ministro das Relações Exteriores, cuja nomeação é esperada até quinta-feira, poderá ter como missão expandir o apoio diplomático ao país no sul global.

Paralelamente às mudanças políticas, a Rússia continua intensificando seus ataques em território ucraniano. Na manhã desta quarta-feira, a cidade de Lviv, localizada a apenas 50 quilômetros da fronteira com a Polônia, foi alvo de bombardeios que resultaram na morte de sete pessoas, incluindo três crianças.

Impacto no poder de Zelensky

As alterações no governo também são vistas como uma estratégia para fortalecer a posição do presidente Volodymyr Zelensky. Em fevereiro, uma mudança similar ocorreu na chefia do exército, quando o popular general Valery Zaluzhnyi foi substituído, em uma manobra interpretada como uma tentativa de Zelensky de consolidar seu poder.

É importante ressaltar que o mandato presidencial de Zelensky já expirou, mas devido à lei marcial em vigor desde o início da guerra, novas eleições não podem ser realizadas. Neste contexto, as recentes mudanças no gabinete parecem ser uma tentativa de Zelensky de reafirmar sua liderança e adaptar o governo às demandas do conflito em curso.

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