amigos fazem manifesto e relembram morte da corredora


“Justiça seja feita pela Danny.” É o que amigos e familiares pedem por Danielle Oliveira, corredora de 41 anos, morta após ser atropelada na madrugada de sábado (15), na MS-010, em Campo Grande. O grupo realizou uma manifestação neste domingo (16) em frente ao Fórum da capital de Mato Grosso do Sul.

O estudante de Medicina que matou Danielle passou por audiência de custódia nesta manhã e continuará preso.

Amigos com cartazes pedindo Justiça por Danielle, corredora atropelada e morta durante treino. (Foto: Eduardo de Almeida)

No local, muitos abraços e choro pela partida precoce da corredora, que começou no esporte para superar o luto pela filha Giovanna, morta aos 4 anos, vítima de um câncer. Assista ao vídeo:

  1. Identificado estudante de medicina que matou corredora em MS

  2. Danielle corria há 7 anos para superar o luto pela filha com câncer

  3. Corredora morre atropelada por estudante de medicina bêbado

Nos últimos dias, Danielle treinava para realizar um grande sonho: correr sua primeira maratona, em Porto Alegre, nos próximos meses. Luciana Ferraz, que sempre corria ao lado da amiga — inclusive no dia do acidente —, relembra o desespero ao presenciar o atropelamento.

“A gente sempre fazia o nosso treino longo, e ontem foi mais um dia. A gente até brincava: ‘Amiga, vamos devagarinho’. Uma do lado da outra, e foi tudo muito rápido. Muito rápido. Eu lembro da gente correndo bem na beiradinha, não estávamos no meio da pista, e ela superfeliz contando dos planos para a maratona, da homenagem que faria para as filhas com uma camiseta… feliz. E eu só escutei um barulho e senti um tranco no meu corpo. Nunca imaginei que fosse um carro. Aí vi algo voando, né? Mas não pensei que fosse ela. Quando me virei e olhei para o chão, vi o tênis dela no asfalto. Aí caiu minha ficha: era a Dani que tinha voado. Entrei em desespero, comecei a gritar por socorro. O pessoal do apoio estava um pouquinho mais à frente. Eu gritava, gritava. Logo atrás vinha meu marido e um colega nosso. Eu só pedia para Deus não levar ela. Implorei. Pensei na filhinha dela, na família, em tantos sonhos, tantos planos. E eu só perguntava: ‘Ela tá respirando? Ela tá respirando?’. Fico com essa imagem dela voando. É muito triste.”

Luciana Ferraz, amiga de Danielle

Danielle Oliveira
Danielle Oliveira. (Foto: Redes Sociais)

Luciana afirma que Dani era sempre muito alegre e apaixonada por corrida. “Ela poderia estar triste, mas sempre tinha uma palavra de conforto para você. Sempre incentivou o esporte. A corrida salvou ela, e a corrida levou ela. Ela morreu fazendo aquilo que mais gostava. Então, neste momento, cabe a nós lutar por ela e continuar fazendo o que ela mais amava.”

O grupo escolheu se manifestar em frente ao Fórum de Campo Grande, onde ocorre a audiência de custódia do caso. O principal pedido é que o responsável pelo atropelamento, o estudante João Vitor Fonseca Vilela, de 22 anos, seja preso.

“A gente está pedindo o mínimo: que o rapaz seja preso, que não responda em liberdade. As leis são muito brandas. Isso foi um homicídio. Ele estava embriagado, então a lei precisa ser revista.”

Gisele Dias, publicitária e amiga de Danielle

Por conta da manifestação dos amigos e familiares da corredora, a Polícia Militar interditou o cruzamento entre as ruas 25 de Dezembro e Barão do Rio Branco.

Motorista embriagado

estudante de Medicina audiencia de custodia
João Vitor passando pela audiência de custódia neste domingo (16); prisão preventiva decretada. (Foto: Nadyenka Castro)

De acordo com o boletim de ocorrência, o estudante de Medicina, que dirigia um Fiat Pulse, atropelou Danielle e Luciana ao tentar ultrapassar o grupo de corredores.

Conforme apurado pelo portal Primeira Página, desde 2021 João Vitor é acadêmico de Medicina na FAMP (Faculdade Morgana Potrich), localizada no município de Piranhas, em Goiás.

Ainda segundo o registro policial, o rapaz não quis fazer o teste do bafômetro, mas estava “visivelmente embriagado, usando uma pulseira de uma casa noturna (localizada na avenida Afonso Pena, em Campo Grande) e com latas e uma garrafa de cerveja no interior do veículo”. 

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João Vitor, estudante de Medicina preso em flagrante após atropelar corredora. (Foto: Redes Sociais)



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