Análise: A lista para novos Estados parceiros dos Brics


Os países reunidos na Cúpula dos Brics aprovaram nesta quarta-feira (23) que 13 nações sejam convidadas para se juntarem ao bloco. Ainda é necessário fazer consultas com esses governos e, efetivamente, convidá-los.

A escolha dos novos possíveis integrantes levanta questionamentos sobre os objetivos reais da expansão e a capacidade desses países de contribuir para uma “governança mais inclusiva e sustentável” no mundo.

Entre os países que devem ser convidados estão Turquia, Indonésia, Argélia, Belarus, Cuba, Bolívia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã, Nigéria e Uganda.

O analista de Internacional Lourival Sant’Anna fez uma análise crítica dessa lista durante o CNN Prime Time desta quarta-feira (23), destacando a ausência de democracias liberais e a presença de regimes problemáticos.

Falta de governança e democracia

Sant’Anna argumenta que nenhum dos países selecionados possui uma governança verdadeiramente inclusiva e sustentável.

Ele ressalta: “Eles não têm nem sequer governança, porque a palavra governança inclui transparência, participação, linearidade, enfim, racionalidade, e é tudo o que esses países dessa lista não têm”.

O analista aponta para a presença de diferentes tipos de regimes autoritários entre os novos membros. Alguns são descritos como “ditaduras de partido único”, como Cuba e Vietnã, enquanto outros são caracterizados como “ditaduras pessoais”, como a Argélia.

Países como Nigéria e Uganda são mencionados por terem sistemas de alternância de poder “viciados” e altos níveis de corrupção.

Questionamentos sobre os objetivos da expansão

A expansão dos Brics levanta dúvidas sobre as verdadeiras intenções por trás da inclusão desses países.

Sant’Anna sugere que o movimento pode estar mais relacionado a interesses estratégicos, especialmente da China, do que a uma genuína busca por melhor governança global.

Ele especula: “Para interesse próprio do grupo, seria simplesmente para ganhar volume? Para que a China possa ter uma visibilidade maior, uma capacidade nos níveis regionais nos quais cada um desses países está inserido, para ela arbitrar conflitos locais, ter uma influência sobre esses conflitos e, assim, exercer mais poder político, militar e econômico sobre o mundo”.

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