O jornal “The New York Times” e a revista “The New Yorker” declararam oficialmente seu apoio à candidatura de Kamala Harris à Presidência dos Estados Unidos.
O NYT afirmou que Harris é “a única escolha patriótica para a Casa Branca”, enquanto a “New Yorker” a descreveu como “a escolha possível para os Estados Unidos neste momento”.
Segundo a analista de internacional Fernanda Magnotta, esses endossos, embora não surpreendentes, são importantes para a campanha Harris-Walz.
“Não surpreende exatamente nesse sentido, mas não deixa de ser importante como um passo simbólico que cria momentum para que a campanha Harris-Walz possa explorar, enfim, calibrar a sua estratégia nessa reta final”, explicou Magnotta.
Cenário eleitoral ainda incerto
Apesar do apoio de veículos influentes, o cenário eleitoral nos Estados Unidos permanece incerto.
Magnotta destaca que as pesquisas em estados-pêndulos, decisivos para o resultado final, mostram um quadro ainda embolado: “Hoje daria para falar, se fosse assim dizer de maneira muito didática, que em geral as pessoas tratam da possibilidade como sendo 60% de chance para Trump, 40% para Harris, 55% a 45%, quer dizer, está todo mundo embolado nesse meio de campo, quase que no meio a meio”.
A analista ressalta que o comparecimento dos eleitores será crucial para definir o resultado.
Historicamente, o eleitorado republicano tende a ser mais fiel no dia da votação, o que representa um desafio para os democratas.
No entanto, Magnotta lembra que temas sensíveis, como o aborto, podem motivar uma participação maior do eleitorado democrata.
“Nesse momento ainda não temos como dizer quem vai ganhar as eleições. Há uma tendência aparentemente mais favorável ainda ao Trump, mas a campanha da Harris vem muito forte com esses endossos que você disse e, claro, com a possibilidade de que esse eleitor motivado na última hora de fato faça a diferença”, concluiu a especialista.