A campanha de Kamala Harris pelo Partido Democrata nos Estados Unidos está concentrando esforços para atingir os trabalhadores americanos e alertar sobre possíveis ameaças às instituições com o retorno de Donald Trump ao poder, segundo a analista de internacional da CNN Fernanda Magnotta.
A Convenção Democrata foi marcada pela busca de coesão entre as diversas alas do partido, que tem enfrentado fragmentação nos últimos anos.
A estratégia incluiu a presença de representantes de várias frentes partidárias, todos endossando a candidatura de Harris.
Apoio de figuras influentes
A campanha também trouxe à tona “superdelegados” democratas, como ex-presidentes e ex-primeiras-damas, emprestando seu prestígio para tornar Harris mais popular.
Além disso, buscou-se o apoio de celebridades do universo pop americano, desde artistas e cantores até apresentadores de televisão e atletas.
Um aspecto notável foi a presença de republicanos registrados que, apesar de permanecerem no partido, optaram por apoiar Harris devido a discordâncias com o “trumpismo”.
Vários deles discursaram na convenção, demonstrando uma estratégia de ampliar o apelo da candidata além das linhas partidárias tradicionais.
Foco nos trabalhadores e alerta institucional
O discurso central da campanha de Harris gira em torno do “americano médio”, com foco especial nos trabalhadores.
Simultaneamente, há um esforço para denunciar as potenciais ameaças às instituições que um retorno de Trump à Presidência poderia representar.
Magnotta ressalta a importância das próximas eleições, lembrando que o próximo presidente provavelmente indicará pelo menos dois novos membros para a Suprema Corte e lidará com a renovação do plano fiscal do país, decisões com impacto de longo prazo.
Enquanto isso, a campanha de Trump enfrenta desafios, com dificuldades em lidar com as transformações ocorridas no Partido Democrata.
A analista observa que a estratégia do ex-presidente ainda não parece estar “emplacando”, apesar de seus comícios e postagens nas redes sociais.