Após golpe, formandos abrem vaquinha para arrecadar R$ 410 mil em menos de 24h

turma de medicina


A Comissão de Formatura da Turma 12 de Medicina da Univag (Universidade de Várzea Grande) abriu uma vaquinha para tentar realizar a festa de formatura que deve ocorrer neste sábado (1º). Estudantes universitários de Cuiabá e Várzea Grande se dizem vítimas de um golpe após a empresa responsável pelas cerimônias entrar com pedido de recuperação judicial.

Mais de 20 boletins de ocorrência foram registrados por estudantes de várias universidades da região.

(Foto: Reprodução)

A notícia, que se espalhou rapidamente nesta sexta-feira (31), deixou os formandos de diversos cursos e outras faculdades em choque, com a maioria das turmas tendo os eventos, incluindo bailes, cultos ecumênicos e jantares, cancelados.

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“Estávamos esperando ansiosamente para realizar o sonho de nossas vidas, comemorar com nossos pais, familiares e amigos uma grande conquista e esse sonho nos foi roubado de repente. Estamos todos muito abalados e tentando lidar com a situação no momento, por isso criamos essa vaquinha. Toda ajuda é bem-vinda!  Qualquer valor ajudará muito a nossa turma, seremos eternamente gratos! Gratidão”, diz a turma.

Os alunos que investiram altas quantias para a realização dos eventos se dizem devastados. Uma estudante de medicina, por exemplo, relatou que sua turma pagou R$ 25 mil por pessoa por um pacote de cinco eventos, além de taxas adicionais. Com 66 alunos na turma, o prejuízo estimado é de mais de R$ 1,6 milhão apenas nessa turma.

O que diz a empresa

Em uma nota enviada aos funcionários, o advogado da Imagem Serviços de Eventos LTDA, empresa responsável pelos eventos, informou que a decisão de entrar com pedido de recuperação judicial não foi tomada de forma irresponsável, e que a empresa vinha enfrentando dificuldades financeiras desde a pandemia da covid.

“A IMAGEM EVENTOS enfrenta um cenário financeiro extremamente delicado, decorrente de anos de dificuldades impostas ao setor de eventos, especialmente após a pandemia. Lutamos incansavelmente até o último instante para viabilizar a continuidade das atividades e garantir a realização de todos os eventos contratados, mas, diante dos desafios financeiros enfrentados e do grande número de pedidos de rescisão, não conseguimos seguir adiante“, diz trecho de documento.

Revolta e busca por justiça

Umas das turmas do curso de medicina fez um desabafo nas redes sociais. “A três dias para realizar as comemorações, recebemos a notícia que a empresa havia entrado com processo de recuperação judicial. Não fomos informados de nada. É inacreditável passar por tudo isso. Foram seis anos de muito estudo, renúncias, exaustão, gastos, para no final ainda passarmos por isso. Não era apenas um sonho meu, mas também dos meus pais, amigos e familiares“.

Os formandos afirmam que foram lesados com a situação. Muitos relatam que a empresa não deu nenhuma satisfação e que os representantes não respondem às mensagens e ligações. Um grupo de alunos chegou a ir à sede da empresa, mas encontrou o local fechado.

PJC/MT

A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) já instaurou inquérito policial para apurar a conduta da empresa.

Veja a nota na íntegra da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor:

A Polícia Civil informa que a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) já tomou conhecimento dos fatos e instaurou inquérito policial para apurar a conduta da empresa que vitimou centenas de estudantes universitários de Cuiabá e Várzea Grande, que tiveram suas cerimônias de formatura canceladas.

O procedimento foi instaurado após a Decon receber diversos registros de boletins de ocorrência contra a empresa, tendo como vítimas alunos de diversas universidades de Cuiabá e Várzea Grande. Somente nesta sexta-feira (31.01) foram mais de 20 boletins de ocorrência registrados.

As investigações estão em fase inicial e a Decon ouvirá os representantes das turmas para determinar o número de vítimas e o montante do prejuízo causado pela conduta da empresa.



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