O Instituto Arara Azul publicou em suas redes sociais o resultado das queimadas do Pantanal no ambiente em que vivem milhares de araras e ninhos monitoradas. O fogo passou pela área nos primeiros dias de agosto, causando uma tragédia.
Confira o vídeo publicado nesta segunda-feira(6):
A presidente do instituto, Neiva Guedes, ressalta que a tragédia deste ano é a pior já registrada no local.
“O fogo praticamente passou queimando tudo na região da nossa base de pesquisa na Caiman”.
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Ela detalha que no momento das queimadas, a equipe de campo contava com um médica veterinária, uma bióloga e dois assistentes de pesquisa que puderam trabalhar no combate ao fogo e fazer uma avaliação da situação das araras.
“No entanto, foi uma situação muito chocante, nossa equipe passou mal e tivemos que retirá-los da fazenda no sábado e estamos voltando hoje”.
O instituto compartilhou dois exemplos de perdas de ninhos: um deles, o N. 2108, um triplex, que estava com dois ovos na semana passada.
O ninho, que foi construído para caber uma câmera trap com o objetivo de filmar o interior, queimou totalmente.
A câmera trap ficou destruída, mas as araras-azuis não abandonaram o ninho e foi possível ver que o casal estava lá.
No segundo caso, uma árvore que alocava um ninho tradicionalmente utilizado pelas araras queimou na base e quebrou.
“Infelizmente essa tragédia foi superior a 2020 e agora apesar de desolados o que nos resta é tentar manejar e recuperar o que podemos”.
De acordo com Neiva, nesta terça foram deslocadas duas equipes de pesquisadores e assistentes de pesquisa, para avaliar os danos e já começar as medidas de mitigação.
“Um exemplo disso são os ninhos artificiais que deverão ser instalados, imediatamente, para que as araras não percam o período reprodutivo”.