A Argentina notificou a missão de paz da Organização das Nações Unidas no Líbano, que está retirando três de seus oficiais do país, confirmou um porta-voz da Unifil nesta terça-feira (19).
“Correto. A Argentina pediu a seus oficiais que voltassem”, disse Andrea Tenenti, porta-voz da Unifil, em resposta a uma pergunta sobre uma reportagem de jornal.
O porta-voz se recusou a comentar o motivo da partida, encaminhando a pergunta ao governo argentino.
Retirada acontece enquanto o Hezbollah aceita proposta de cessar-fogo com Israel, feita pelos EUA. No entanto, até o momento, conflito entre os países tem se intensificando.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.
No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.