Os astronautas e cientistas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) da Nasa poderão votar nas eleições presidenciais de 2024, mesmo estando a centenas de quilômetros de distância da Terra.
O direito ao voto dos tripulantes espaciais está garantido por um sistema que permite que as cédulas sejam transmitidas por uma infraestrutura de Comunicações e Navegação Espacial.
Na ISS, os astronautas montaram uma cabine de votação especial, de onde os votos serão enviados via Satélite de Rastreamento e Retransmissão de Dados até uma antena terrestre no Complexo White Sands, no Novo México (EUA).
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De lá, a cédula vai para o Centro de Controle de Missão da NASA, em Houston, e, em seguida, para o responsável pelos votos. Para garantir o sigilo, somente o astronauta e o funcionário responsável têm acesso ao documento.
A eleição presidencial dos Estados Unidos ocorrerá em 5 de novembro de 2024, e os cientistas norte-americanos que estão na ISS durante esse período poderão participar do processo eleitoral.
Desde 1997, os votos do espaço são permitidos por uma legislação aprovada no estado do Texas.
Astronautas “presos” no espaço também poderão votar
Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, que estão “presos” na Estação Espacial Internacional desde junho de 2024, também poderão votar.
Eles foram enviados pela NASA no voo inaugural tripulado da espaçonave Starliner, da Boeing, com o objetivo de realizar testes para integrar a nave ao Programa Comercial de Tripulação da agência, que prevê voos periódicos para a ISS.
Originalmente, a missão deveria durar apenas oito dias, mas problemas nos propulsores e vazamentos de hélio na Starliner adiaram o retorno. Por questões de segurança, a nave voltou à Terra vazia em setembro.
Para resgatá-los, a Nasa e a SpaceX lançaram, em 28 de outubro de 2024, um foguete em Cabo Canaveral, Flórida.
A cápsula Crew Dragon foi enviada com dois assentos vagos para buscar os astronautas. No entanto, a cápsula permanecerá acoplada à ISS até fevereiro de 2025, quando está previsto o retorno de Wilmore e Williams à Terra.
Segundo a Nasa, não há como trazê-los de volta antes, sem interromper outras missões programadas.