O ataque russo da madrugada desta sexta-feira (20 a Kiev atingiu a embaixada de Portugal na Ucrânia, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
Em comunicado, o ministério português disse que os disparos causaram “danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da Embaixada de Portugal”.
Na sequência do ataque, o governo português mandou chamar o encarregado de Negócios da Federação Russa, uma vez que o embaixador não se encontra em Lisboa, “para que seja apresentado um protesto formal junto da Federação Russa”.
“É absolutamente inaceitável que qualquer ataque possa visar ou ter impacto em zonas de instalações diplomáticas”, defende o governo português.
Aos jornalistas, o ministro Paulo Rangel confirmou que essa audiência com o representante da Rússia acontece nesta sexta-feira (20).
Sobre os danos na embaixada portuguesa após “um ataque muito intenso da Federação Russa à cidade de Kiev“, que foi atingida “em uma das explosões”, Paulo Rangel esclareceu que são “relativamente pequenos”, com janelas quebradas e portas danificadas, mas sublinhou que no mesmo prédio há representações diplomáticas de vários países, como Argentina, Albânia e Montenegro.
“Obviamente, isto é altamente condenável. Em primeiro lugar, qualquer ataque da Federação Russa à Ucrânia e à cidade de Kiev merece a nossa mais forte condenação, mas é absolutamente inaceitável que possa haver ataques que impactem ou visem instalações diplomáticas. É absolutamente inaceitável que, de acordo com todas as regras diplomáticas internacionais, possa haver impactos ou até alvos em missões diplomáticas na capital da Ucrânia”, condenou.
Apesar do ataque, Paulo Rangel disse não estar previsto o fechamento da embaixada em Kiev, como tem acontecido em alguns momentos da guerra. “Essa decisão não foi tomada, estamos falando de algo que tem poucas horas, portanto, trataremos disso logo”.
Um ataque com mísseis nesta sexta-feira (20) deixou pelo menos um morto em Kiev. O ataque provocou incêndios pela cidade, além de danificar diversos prédios comerciais, afirmou o chefe da administração militar de Kiev, Serhiy Popko.
