Ataques de Israel contra base da ONU no Líbano devem parar, alertam países europeus

CNN Brasil


Os ataques de Israel à missão de manutenção da paz da ONU no Líbano, conhecida como Unifil, são contrários ao direito humanitário internacional e devem parar imediatamente, disseram Itália, Reino Unido, França e Alemanha nesta segunda-feira (14).

Em uma declaração conjunta, as quatro nações reafirmaram “o papel estabilizador essencial” desempenhado pela Unifil no sul do Líbano, acrescentando que Israel e outras partes tinham que garantir a segurança das forças de paz em todos os momentos.

A missão da Unifil, que inclui centenas de soldados europeus, disse que tem sido repetidamente atacada pelos militares israelenses nos últimos dias. Israel pediu à ONU que retire as tropas da área, pois ela tem como alvo as forças do Hezbollah.

Brasil condena ação israelense

O Itamaraty também emitiu um comunicado, nesta segunda-feira (14), condenando a invasão israelense à base da Unifil.

“Ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são absolutamente inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, declarou o governo brasileiro.

“Como tradicional participante de forças de paz da ONU, incluída a Unifil, cuja força-tarefa marítima foi liderada por militares brasileiros entre 2011 e 2021, o Brasil repudia as violações sistemáticas verificadas nos últimos dias”, acrescentou.

O que é a Unifil?

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU após a primeira invasão de Israel ao sul do Líbano em 1978.

Seu objetivo era confirmar a retirada das forças israelenses do país, restaurar a paz e a segurança internacionais e ajudar o governo libanês a restaurar sua autoridade efetiva na área.

As tropas da Unifil têm a tarefa de monitorar violações de fronteira e manter a chamada “Linha Azul”, uma área que abrange 120 quilômetros ao longo do sul do Líbano que inclui redutos do Hezbollah, segura.

Saiba mais através desta matéria.

*com informações da Reuters

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

Detectar, interceptar: entenda como funciona o Domo de Ferro de Israel



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