A Força Aérea de Israel disse que irá realizar mais ataques no Oriente Médio durante a noite desta terça-feira (1) e a madrugada de quarta-feira (2).
Forças de Defesa de Israel afirmou que as capacidades operacionais não foram afetadas pelos ataques com mísseis do Irã.
“A Força Aérea continua operando plenamente, e hoje à noite continuará a atacar no Oriente Médio com força, como tem acontecido ao longo do ano passado”, disse o porta-voz do Exército, Daniel Hagari.
A declaração veio após novas imagens mostrarem mísseis iranianos atingindo a base aérea Nevatim no sul de Israel.
Hagari acrescentou que Israel continuaria a perseguir os comandantes do Hezbollah e qualquer um que ameaçasse cidadãos israelenses.
“O Irã cometeu um ato grave hoje à noite, empurrando o Oriente Médio para a escalada. Vamos agir no momento e lugar que decidimos,” disse Hagari.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.