Uma motorista de aplicativo de Campo Grande, de 30 anos, viveu momentos de terror, na madrugada deste sábado (22), durante tentativa de assalto. Ela chegou a ser agredida pelo suspeito e colocada no porta-malas do veículo. Áudios ainda revelam a ameaças de morte e pânico de colegas da vítima, que acompanhavam a corrida.
Segundo a vítima, a corrida começou por volta das 3h13, na rua do Florin, na Vila Carlota. Durante o trajeto, o rapaz usou uma faca para anunciar o assalto.
“Ele me pegou pelo cabelo, colocou a faca no meu pescoço, mandou eu descer do carro. E aí, no momento que ele fez isso, eu gritei automaticamente. Desci, abri o porta-malas, ele me colocou dentro e ele ficava gritando, ‘cadê o dinheiro? Cadê o dinheiro?’. Eu falava, não tenho dinheiro. Rrealmente eu não tinha, eu tinha R$ 50, que estava comigo no momento. Ele abriu o porta-malas e falou que se eu reagisse ele ia me matar e aí eu entreguei o dinheiro pra ele ele pediu pra eu me desbloquear o meu aparelho telefone”.
Antes de descer do carro, a vítima conseguiu abrir um aplicativo usado por motoristas de aplicativo da capital, que escutaram o grito da mulher e logo começaram a seguir o veículo dela, utilizando a localização.
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“Ele percebeu que estava sendo seguido pelos colegas que seguiram meu rastreio e ele deu fuga, acelerou muito o carro, correu bastante”.
A vítima ainda estava dentro do porta-malas no momento da fuga rápida. “Aí ele parou numa rua que eu desconheço, uma rua que tem bastante mato, abriu o porta-malas, mandou eu pegar meu carro e ir embora e não seguir ele, sem olhar, ou ele ia me matar”.
A motorista, que nunca havia sido assaltada, contou o que sentiu durante os quase 40 minutos de pânico. “Muito medo de morrer”.
Ainda de acordo com a vítima, o assaltante a agrediu no braço e com um soco na boca.
Motoristas de app unidos
Um colega da vítima, de 40 anos, acompanhou o desespero e participou da perseguição. Segundo ele, o assaltante foi encontrado logo depois, em casa.
“Ele foi preso na casa dele, dormindo. A polícia chegou até ele através das informações da própria corrida. Ele pediu corrida pela conta do pai”.
O homem foi levado pela Polícia Militar à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.