O ano de 2025 começa com uma notícia relevante para milhões de brasileiros: o salário mínimo passa a ser de R$ 1.518, um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior, que era de R$ 1.412.
O reajuste de 7,5% representa um ganho real, acima da inflação, mas ainda é considerado insuficiente para lidar com o alto custo de vida que afeta milhões de brasileiros.
O que o aumento representa no bolso?
Apesar de modesto, o acréscimo pode ajudar em despesas pontuais. Veja exemplos do que o valor extra permite comprar:
• 4 kg de carne bovina de primeira: O preço médio do quilo da carne está em torno de R$ 26.
• 1 conta de energia ou água: Em muitas cidades, o aumento cobre uma conta mensal de serviços básicos.
• 1 pacote básico de internet banda larga: O custo médio varia entre R$ 80 e R$ 100.
• 21 passagens de ônibus urbano: Considerando tarifa média de R$ 5 nas capitais.
• 6 dias de combustível para moto: Aproximadamente R$ 17,00 por dia (média de consumo de 30 km/l e gasolina a R$ 6,00).
Impacto na economia familiar
O reajuste beneficia trabalhadores formais, aposentados e beneficiários de programas como o BPC e seguro-desemprego. Porém, para muitas famílias, o salário mínimo continua insuficiente para garantir qualidade de vida.
O custo elevado de itens básicos, somado a aumentos em serviços como transporte e saúde, reduz o impacto positivo do reajuste.
Mudanças nas regras de reajuste
O novo valor do salário mínimo segue a política de reajuste que considera a soma da variação da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, a lei sancionada recentemente pelo presidente Lula estabelece um limite de 2,5% de aumento real (acima da inflação), vinculado às regras do novo arcabouço fiscal.
Segundo o governo, essa mudança busca garantir equilíbrio entre ganhos salariais e o controle das despesas públicas.
Quando o aumento será sentido?
Os trabalhadores e beneficiários que recebem o salário mínimo já verão o reajuste nos pagamentos realizados em fevereiro, referentes ao trabalho ou benefícios de janeiro.
Embora o novo salário mínimo traga algum alívio, os desafios continuam, especialmente para as famílias de baixa renda que enfrentam altos custos de vida em diversas regiões do Brasil.