Aviões de Israel violaram espaço aéreo do Irã no ataque de sábado, dizem fontes

CNN Brasil


Como parte dos ataques aéreos de Israel ao Irã no sábado (26) de manhã, alguns aviões de guerra israelenses violaram o espaço aéreo iraniano — representando uma capacidade militar israelense significativa contra o Irã — um antigo e um atual oficial israelense disseram à CNN.

Cerca de 100 aeronaves israelenses participaram da missão, embora nem todas tenham entrado no espaço aéreo iraniano.

O exército israelense disse que tinha como alvo locais de fabricação de mísseis iranianos e sistemas de defesa aérea no que parecia ser uma resposta altamente calculada que evitou infraestrutura de energia crítica, como campos de petróleo e instalações nucleares.

 

Os ataques ocorreram em resposta ao ataque de mísseis em larga escala que o Irã disparou contra Israel em 1º de outubro.

No sábado, Teerã acusou as forças israelenses de usar o espaço aéreo iraquiano para realizar o ataque.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.



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