Agosto chegou trazendo um sinal vermelho (literalmente) para os consumidores de energia elétrica no Brasil. A partir dessa sexta (1), entra em vigor a bandeira tarifária vermelha, patamar 2, o nível mais alto de cobrança extra nas contas de luz.
O anúncio foi feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que justificou a decisão pelo baixo volume de chuvas e o consequente enfraquecimento da geração hidrelétrica. Com os reservatórios em níveis críticos, o país passa a depender mais das usinas termelétricas, que têm custo de produção muito mais elevado.
Quanto isso pesa no bolso?
O peso será direto: o valor da conta de energia aumenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Para uma residência com consumo médio entre 150 e 200 kWh, comum em famílias de até quatro pessoas, o impacto pode ser sentido já neste mês.
Por que isso acontece?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para dar transparência ao custo da geração de energia. Quando chove pouco, como tem acontecido em várias regiões do país, a produção nas hidrelétricas cai. A saída é acionar as termelétricas, mais caras e poluentes.

Neste cenário, a bandeira vermelha nível 2 funciona como um alerta e uma medida emergencial para equilibrar o sistema elétrico nacional.
E o que podemos fazer?
A ANEEL reforça a importância do uso consciente da energia. Pequenas atitudes, como desligar luzes desnecessárias e evitar o uso simultâneo de eletrodomésticos, podem fazer diferença tanto no bolso quanto no sistema elétrico do país.