Beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bi em apostas online em agosto


Um levantamento divulgado pelo Instituto Locomotiva no mês de agosto mostra que 52 milhões de brasileiros já fizeram uma aposta esportiva pelo menos uma vez. Em relação ao primeiro semestre o número aumento em 38 milhões. O estudo ainda mostra que 37%% dos usuários dos aplicativos utilizaram recursos que eram para as necessidades básicas. 45% ficaram no prejuízo.

O estudo ainda mostra que de cada 10 brasileiros, seis fazem apostas esportivas e entendem que a prática afeta o estado emocional. As apostas estão comprometendo a renda familiar, a saúde e a produtividade do trabalhador. O estudo publicado pelo instituto foi feito com mais de 2 mil entrevistados em 142 cidades brasileiras. Para acessar, clique aqui.

Dados do estudo

  • O Brasil lidera o ranking mundial de acesso à bets;
  • Entre 2018 e 2023 os brasileiros fizeram mais de 3,4 bilhões de acessos (até 2018
    o país nem aparecia entre os 15 que mais acessavam);
  • A intensificação das apostas virtuais pode minar a produtividade do trabalho e
    afetar as relações interpessoais no ambiente de trabalho e familiar;
  • Mais de 67% dos brasileiros (103 milhões) conhecem pessoas que estão viciadas
    em apostas;
  • 37% dos apostadores afirmam que já usaram dinheiro destinado a outras coisas
    importantes para apostar online (19 milhões);
  • 45% dos apostadores afirmam que já tiveram prejuízo financeiro (23 milhões);
  • 51% dos apostadores relatam aumento da ansiedade, 28% tem sentimento de
    euforia, 27% mudanças repentinas de humor; 26% percebem o aumento do
    estresse e 23% sentimento de culpa e 6% problemas para dormir.
Apostas Esportivas (Freepik)

O Sistema Fiemt (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso) afirma que está intensificando esforços para combater o vício em apostas entre trabalhadores industriais em Mato Grosso. Uma campanha interna visa conscientizar funcionários e sindicatos sobre os riscos do jogo.

O Sesi-MT lançará um programa de educação financeira em dezembro para ensinar gestão de consumo e cuidados com a saúde mental. O objetivo é prevenir o endividamento e melhorar a produtividade.

Estudos da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) revela que o Brasil lidera o ranking mundial de apostas online. Os brasileiros acessam quatro vezes mais apostas do que os americanos e duas vezes mais do que os britânicos. Esses dados alarmantes levaram à discussão sobre o impacto das apostas na economia nacional.

Banco Central

Segundo o Banco Central, beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas online em agosto. Isso levou o setor industrial a propor medidas para regulamentar as apostas, incluindo limites de transação e suspensão do PIX. O objetivo é prevenir o superendividamento e proteger os apostadores.

Para reduzir os riscos, propõe-se também proibir o uso de cartões de crédito para pagamentos de apostas. Além disso, é necessário promover publicidade responsável, alertando sobre os problemas sociais e de saúde mental relacionados ao jogo.

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