O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela nesta segunda-feira (29) é “difícil de acreditar”.
“O regime de Maduro deve compreender que os resultados que publica são difíceis de acreditar”, disse em sua conta no X o presidente chileno, que exigiu transparência no processo de apuração dos votos e a participação de observadores internacional “não comprometidos com o governo”.
“Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável.”
Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O candidato opositor, Edmundo González, obteve 44,2% dos votos.
Com a vitória, Maduro foi reconduzido para um novo mandato de seis anos — de janeiro de 2025 a janeiro de 2031.
Corina Machado contesta vitória
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, disse na madrugada desta segunda-feira que González obteve 70% dos votos nas eleições deste final de semana.
O número foi baseada nas atas dos centros de votação.
María Corina Machado seria candidata a presidente, mas foi impedida de disputar pela Justiça da Venezuela, alinhada a Maduro. González acabou escolhido para representar a oposição.
No discurso após o anúncio do CNE, foi Corina quem mais falou. Ela disse que, nos próximos dias, vão “continuar denunciando”. “Nós vamos combater com a verdade. É impossível o que disseram”, disse. “Temos informação e temos as atas”.
González disse que a luta “vai continuar”.
(Com informações de Gustavo Zanfer, da CNN; e de Julia Symmes Cobb, da Reuters)
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