Uma cadela de 3 anos chamada Ayla morreu na última terça-feira (24), na noite da véspera de Natal, após se assustar com fogos de artifício. O caso ocorreu em Porto Velho (RO). Segundo Beatriz Magalhães Gomes, tutora da cachorra, Ayla sofreu uma parada cardíaca.
Em contato com a CNN, Beatriz disse que a cachorra ficou presa na varanda enquanto ela e o marido foram passar o Natal na casa de parentes. Ela contou que deixou a cadela na varanda porque temia que ela saísse de casa.
Por volta de 0h40, ao retornar, Beatriz encontrou a cachorra morta. “Quando cheguei, ela não estava na varanda. Achei que estivesse entre as plantas. Abri a casa e desci para vê-la. Foi quando percebi que ela estava sem vida”, relatou.
De acordo com a tutora, seu marido, Paylon Araújo, ainda tentou reanimar a cadela ao fazer uma massagem cardíaca. Porém, não obteve sucesso. “Ficamos abraçados com ela nos perguntando o que poderíamos ter feito de diferente.”
Após a morte de Ayla, Beatriz entrou em contato com um médico veterinário que, ao analisar as características da morte, constatou que a cachorra sofreu uma parada cardíaca devido ao susto causado pelos fogos de artifício.
“Estamos sem chão. Tentando assimilar tudo e o imenso vazio que ficou. Eu nem consigo ver as fotos dela sem me emocionar e me culpar por não estar com ela”, lamentou Beatriz.
O ouvido canino e os fogos de artifício
Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, os cães possuem a capacidade auditiva maior que a dos humanos e, para eles, barulhos acima de 60 decibéis, que equivalem a uma conversa em tom alto, podem causar estresse físico e psicológico.
O ouvido canino pode detectar sons quatro vezes mais distantes. Por esse motivo, a queima de fogos com barulho, em comemorações como o Réveillon ou o Natal, torna-se um momento de desespero para o animal.
* Sob supervisão