Campo Grande tem maior alta nos preços de alimentos entre capitais


A capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, teve a maior inflação no preço dos alimentos entre as principais cidades brasileiras em 2024. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento foi de 11,3%, colocando a cidade no topo do ranking nacional de alta nos preços de alimentos.

A informação foi extraída dos microdados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no Brasil. O índice reflete a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos.

O hábito de consumo de carnes bovinas, um item de peso na cesta de alimentos, foi apontado como o principal fator que influenciou a alta da inflação nas cidades líderes do ranking.

Além de Campo Grande, as capitais Goiânia (GO) e São Paulo (SP) também registraram aumentos expressivos nos preços de alimentos consumidos em domicílio.

Em comparação, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que foca em famílias de menor renda (até 5 salários mínimos), registrou alta de 7,60% no grupo de alimentos e bebidas no mesmo período, enquanto o IPCA apontou variação de 7,69%.

As três cidades apresentaram inflação de dois dígitos para alimentação em domicílio em 2024. Confira:

  • Campo Grande (MS): 11,3%
  • Goiânia (GO): 10,65%
  • São Paulo (SP): 10,07%

Em contraste, capitais como Porto Alegre (RS) e Aracaju (SE) apresentaram as menores variações, com aumentos de apenas 2,89% e 5,07%, respectivamente.

Ranking nacional da inflação alimentar em 2024

  • Campo Grande (MS): 11,3%
  • Goiânia (GO): 10,65%
  • São Paulo (SP): 10,07%
  • São Luís (MA): 9,56%
  • Rio Branco (AC): 9,00%
  • Belém (PA): 8,87%
  • Rio de Janeiro (RJ): 8,70%
  • Belo Horizonte (MG): 8,51%
  • Brasil (média): 8,23%
  • Fortaleza (CE): 8,10%
  • Brasília (DF): 7,86%
  • Vitória (ES): 7,62%
  • Curitiba (PR): 7,45%
  • Recife (PE): 5,95%
  • Salvador (BA): 5,84%
  • Aracaju (SE): 5,07%
  • Porto Alegre (RS): 2,89%

A alta nos preços de alimentos em Campo Grande reflete a pressão inflacionária observada ao longo de 2024, especialmente em itens essenciais como carnes. O impacto tem sido maior em famílias de renda média e alta, que consomem com mais frequência esses produtos.

Para driblar o impacto da inflação, especialistas recomendam acompanhar os preços nos mercados locais, buscar promoções e diversificar o consumo.



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