A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enxerga a possibilidade de um potencial acordo de trégua em Gaza nesta semana ainda, segundo informações de Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, à agência de notícias internacional Bloomberg News nesta segunda-feira (13).
Sullivan acrescentou que não há garantias de que as partes concordarão com tal acordo.
Sullivan, em entrevista à Bloomberg, afirmou que o governo de Joe Biden tem mantido contato com a equipe do presidente eleito Donald Trump, que tomará posse no dia 20 de janeiro.
“A pressão no fim do mandato do presidente Biden tem sido considerável”, disse Sullivan.
Enviados de Biden e Trump participaram de conversas neste último fim de semana sobre o possível acordo de trégua.
“Podemos aproveitar o momento coletivamente e fazer isso acontecer agora”, declarou Sullivan à Bloomberg. Ele destacou que Biden o orientou a trabalhar em estreita colaboração com a nova equipe.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.