A mãe de uma jovem trans denunciou episódios de transfobia ocorridos na Escola Municipal Acre, no Rio de Janeiro, praticados por uma professora. O caso veio à tona após o registro na 26ª Delegacia de Polícia de Todos os Santos.
Em entrevista à CNN, a empresária Rosana Sarmento relatou que a professora de inglês se recusou a chamar sua filha, de 13 ano, pelo nome social, adotado no ano passado e registrado em todos os documentos da estudante.
A mãe destaca que a negativa representa uma grave violação dos direitos da adolescente e um desrespeito à sua identidade de gênero.
Rosana também lembra que, em 2023, a jovem foi alvo de intolerância religiosa por parte da professora, que teria pedido aos alunos para rezarem em sala de aula ao descobrir que a estudante era do candomblé.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que a professora denunciada já responde a uma sindicância e não atua mais na Escola Municipal Acre.
Ainda segundo Rosana, diante do impacto emocional causado por essas situações, a jovem – que também está no espectro autista – recebe acompanhamento psicológico particular e ainda não retornou à escola.
A psicóloga Daniele Galvão Farias, que acompanha a adolescente, enfatiza que “o respeito à identidade de gênero é imprescindível para garantir a dignidade humana e construir uma sociedade mais inclusiva, conforme as diretrizes do Conselho Federal de Psicologia”.