Caso Gritzbach: investigações ainda não foram encerradas, diz MP

CNN Brasil


Apesar de avanços significativos na investigação dos assassinatos de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach e Celso Araújo Sampaio de Novais, ocorrido em 8 de novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, as investigações ainda não foram concluídas.

A Polícia Civil divulgou o relatório final do inquérito, mas diversas pendências e a complexidade do caso indicam que a busca por justiça continua em andamento.

Polícia aponta novo mandante da morte de delator do PCC

Um dos principais desafios para as autoridades é a captura dos mandantes que permanecem foragidosDiego dos Santos Amaral, conhecido como “Didi“, e Emílio Carlos Gongorra Castilho, vulgo “Cigarreira“, ambos apontados como mentores intelectuais do crime, ainda não foram localizados.

Há informações de que Didi pode estar escondido na BolíviaKauê do Amaral Coelho, o “olheiro” responsável por monitorar a chegada de Gritzbach no aeroporto, também está foragido.

Indiciamento e pendências

Ao todo 6 pessoas foram indiciadas pelo Ministério Público de São Paulo. O relatório final de Inquérito Policial do “Caso Gritzbach” define as funções de cada um dos indiciados no homicídio de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach e Celso Araujo Sampaio de Novais. O documento aponta para uma complexa estrutura criminosa, com a participação de mandantes, executores e apoio logístico. Entenda:

  • Emílio Carlos Congorra Castilho (“Cigarreira”): Apontado como um dos mandantes, teria ordenado a execução de Antônio Vinícius.
  • Diego dos Santos Amaral (“Didi”): Também figura como mandante e é considerado o líder e coordenador do plano criminoso, tendo Kauê do Amaral Coelho como seu principal auxiliar na execução.
  • Denis Antonio Martins: Identificado como um dos atiradores.
  • Ruan Silva Rodrigues: Apontado como o segundo atirador.
  • Fernando Genauro da Silva: Indícios apontam para sua atuação como motorista do VW/Gol utilizado pelos atiradores. Há compatibilidade entre sua aparência física e o motorista flagrado em imagens.
  • Kauê Amaral Coelho: Atuou como “olheiro” no aeroporto, monitorando a vítima e o local do crime. Era o homem de confiança dos mandantes, e sua presença no local reforçava o caráter premeditado da ação.

O relatório final da Polícia Civil indiciou indiretamente “Cigarreira“, “Didi” e Kauê. O MPSP informou sobre fortes indícios de envolvimento. O texto menciona a materialidade delitiva e os indícios de autoria em crimes como homicídio qualificado, tentativas de homicídio qualificado e associação criminosa majorada.

Os homicídios foram cometidos por motivos torpes, uso de armas restritas e emboscadas, resultando na determinação de indiciamento dos mencionados.

Reforçando a necessidade de mais investigações, alguns laudos periciais ainda não foram finalizados. O material genético coletado nas roupas apreendidas na casa de Fernando Genauro, por exemplo, é uma evidência crucial que ainda aguarda análise.

Complexidade do caso

complexidade do caso se estende para além do homicídio. O relatório da Polícia Civil aponta para a existência de crimes financeiros, como lavagem de dinheiro, relacionados à “Cigarreira“.

A apuração destas atividades ilícitas ficará a cargo de uma delegacia especializada e demonstra que o escopo das investigações é amplo e envolve diferentes esferas.

A Polícia também investiga a possível participação de outros indivíduos na organização e suporte logístico do crime. Embora três executores tenham sido identificados, a suspeita é que uma rede maior de pessoas tenha contribuído para o assassinato, o que exige novas diligências por parte das autoridades.

Para auxiliar nas investigações, mais de 6TB de dados telemáticos, coletados de aparelhos celulares e nuvens de armazenamento, foram enviados à Vara do Júri para análise minuciosa. Esse volume expressivo de informações indica a complexidade da apuração.

As autoridades policiais também estão compartilhando as informações telemáticas com outros inquéritos que possam ser instaurados, o que evidencia a possibilidade do surgimento de novas linhas de investigação.

Apesar do encerramento do inquérito policial e dos avanços na identificação dos suspeitos, o caso Gritzbach segue em aberto. A busca pelos foragidos, a conclusão dos laudos periciais e as investigações sobre outros crimes relacionados são etapas cruciais para a responsabilização de todos os envolvidos e o completo esclarecimento do crime.



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Vídeo: câmera de carro registra assalto no Rio de Janeiro

A câmera de segurança de um carro registrou um assalto realizado por criminosos na madrugada…

Touro cobre plateia de fezes durante rodeio em Deodápolis; vídeo

O público presente em um rodeio em Deodápolis viveu uma situação inusitada na noite de…

Comentários de Trump sobre Canadá “precisam parar“, diz primeiro-ministro

As negociações entre os Estados Unidos e o Canadá sobre o futuro dos laços bilaterais…