A Polícia Civil de São Paulo indiciou Maicol Sales do Santos, apontado como o único suspeito pelo assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo. O corpo da jovem foi encontrado no dia 5 de março em um matagal.
A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (31) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ele foi indiciado por homicídio qualificado em concurso com sequestro e ocultação de cadáver.
Maicol está preso preventivamente desde o último dia 8 de março. Segundo a investigação do caso, ele foi o único autor do crime.
A secretaria informou ainda que a polícia realiza novas diligências na casa do indiciado na manhã de hoje e que não descarta a possibilidade de uma perícia complementar.
Os laudos solicitados ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML) seguem em andamento e serão analisados pelo delegado assim que finalizados.
Em nota, a defesa de Maicol alega não ter sido notificada e que o indiciamento não consta nos autos do processo, sendo que o último ato realizado no processo foi da própria defesa, na última sexta-feira (28).
A Polícia Civil divulgou a data e a hora para a reconstituição do crime, que deve ocorrer no próximo dia 10 de abril, às 9h. O procedimento busca esclarecer a dinâmica do crime e confrontar as versões apresentadas.
Caso Vitória: do sequestro à confissão, entenda como jovem foi morta
Maicol confessou crime; defesa nega
A CNN apurou que, no dia 17 de março, Maicol confessou à polícia que matou Vitória. No dia seguinte, a Polícia Civil de São Paulo confirmou a informação e o apontou como o único autor do crime.
Entre os arquivos encontrados no dispositivo do indivíduo, há diversas fotos de Vitória. Os diversos registros denotam traços idênticos aos observados nos crimes de stalking.
A perícia constatou que Maicol acessou o perfil de Vitória no Instagram após seu desaparecimento, na madrugada do dia 27 de fevereiro. Os investigadores, em uma análise inicial, conjecturam que o homem pode ter algum tipo de ‘fixação’ pela vítima do crime.
“Inventei uma história”, diz suspeito preso em áudio
A defesa de Maicol afirma que ele foi coagido pela polícia a confessar o crime após a saída de seus advogados.
Segundo a defesa, a coação teria ocorrido em um banheiro da delegacia, onde Maicol diz ter sido ameaçado com o envolvimento de sua mãe e esposa no caso Vitória. A defesa sustenta que a polícia usou coação para obter a confissão.