Nesta sexta-feira (8), foi divulgado os dados do Censo 2022, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no qual aponta para a existência de 12.348 favelas e comunidades urbanas em 656 municípios, com um total de 16.390.815 pessoas.
Em Mato Grosso são 58 favelas, em quatro cidades. Saiba quais e a quantidade na tabela abaixo:
Município | População total | Número de favelas | População que reside em favelas | Domicílio em favelas |
Cuiabá | 650.877 | 47 | 11,3% | 10,07% |
Várzea Grande | 300.078 | 6 | 2,74% | 2,49% |
Rondonópolis | 244.911 | 3 | 0,2% | 0,17% |
Cáceres | 89.681 | 1 | 0,16% | 0,14% |
Sinop | 196.312 | 1 | 0,31% | 0,3% |
Nessa pesquisa, o IBGE está substituindo o termo “Aglomerados Subnormais“, que é adotado pelo instituto nos censos e pesquisas desde 1991, para uma nova denominação, “Favelas e comunidades urbanas”.
Segundo o instituto, entre os critérios para a classificação está:
- ausência ou oferta incompleta de serviços públicos;
- predomínio de elarficações,
- arruamento e infraestrutura que usualmente são autoproduzidos ou se orientam por parâmetros urbanísticos e construtivos distintos dos definidos pelos órgãos públicos;
- localização em áreas com restrição à ocupação definidas pela legislação ambiental ou urbanística.
O presidente da CUFA (Central Única das Favelas) em Mato Grosso, Anderson Zanovello, explicou ao Primeira Página que as regiões que são consideradas favelas estão as que precisam de infraestrutura, saneamento básico, energia elétrica e seus moradores estão em desvantagem econômica.
“Cada região é chama de algum nome, região Norte chamam de grotas, por exemplo. Aqui no nosso estado algumas pessoas chamam de comunidades, mas o termo correto, que é reconhecido pelo IBGE, é Favelas. Em Cuiabá e Várzea Grande, há os chamados invasão ou grilo, esses lugares são favelas. E esses territórios, quando alcançam uma porcentagem mínima de escritura pública ou saneamento básico, deixam de ser chamados de favelas e são chamados de bairros. Só que a grande maioria dos seus moradores ainda estão em desvantagem econômica do que outros territórios. Falta infraestrutura, saneamento básico, energia elétrica… Até porque precisam de muitos projetos e ações para potencializar esses territórios”.
Em 2010, eram 6.329 favelas e comunidades urbanas no Brasil, onde residiam 11.425.644 pessoas. O Censo 2022, divulgou também que a população das favelas são pessoas mais jovens do que do país como um todo. A idade média dos moradores de favelas é 30 anos.
Na classificação de cor ou raça, pardos representam 56,8% e pretos 16,1% e brancas 26,6%. Entre os 958.251 estabelecimentos, 7.896 eram de ensino, 2.792 de saúde e 50.934 estabelecimentos religiosos