Chefe de saúde dos EUA aponta “toxinas ambientais“ como causa do autismo

CNN Brasil


Contribuintes ambientais para o autismo estão por trás de sua crescente prevalência, disse nesta quarta-feira (16) o secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., sem apresentar evidências científicas.

Ele acrescentou que planeja analisar tudo — de mofo a medicamentos — para identificar os contribuintes.

Desde que se tornou secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Kennedy vem contradizendo repetidamente a ciência em desenvolvimento e a estabelecida sobre o autismo.

Ele apresentou sua descrição, anteriormente contestada, do autismo como uma epidemia, disse que era evitável e sugeriu que era causado por uma “toxina ambiental”, em parte porque não conhecia nenhuma pessoa com autismo da sua idade.

“Esta é uma doença prevenível. Sabemos que é uma exposição ambiental. Tem que ser. Genes não causam epidemias”, disse ele, sem apresentar provas, em um auditório lotado de repórteres e apoiadores de seu movimento “Make America Healthy Again” (Torne a América Saudável Novamente).

Kennedy, um ex-advogado ambiental, há muito tempo defende uma ligação contestada entre vacinas e autismo.

Ele não chegou a mencionar vacinas nesta quarta-feira, referindo-se a “medicamentos” em uma lista de itens que, segundo ele, seriam analisados, como mofo, ar, água, alimentos e outros, sem fornecer evidências para sua inclusão.

Os planos do governo para estudos incluem a análise da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola, conforme relatado anteriormente pela Reuters. Estudos científicos anteriores não encontraram nenhuma ligação entre vacinas e autismo.

As causas do autismo não são claras, embora especialistas afirmem que ele provavelmente resulta de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

Na semana passada Kennedy disse que os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA determinariam até setembro as causas do autismo — uma questão que tem desafiado os cientistas há décadas.

O autismo tem um forte componente genético, disse Karen Pierce, codiretora do Centro de Excelência em Autismo da Universidade da Califórnia em San Diego, mas isso não consegue explicar todos os casos de autismo. Ela observou que apenas cerca de 10% dos casos podem ser explicados por um único gene específico.



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