Chefe do Hezbollah exige retirada de Israel do Líbano até 18 de fevereiro

CNN Brasil


O chefe do grupo armado libanês Hezbollah exigiu neste domingo (16) a retirada das tropas israelenses do território libanês até o prazo final de 18 de fevereiro.

Naim Qassem afirmou ainda que não há “nenhum pretexto” para que o país mantenha uma presença militar em qualquer posto no sul do Líbano.

Sob uma trégua mediada por Washington em novembro, as tropas israelenses receberam 60 dias para se retirar do sul do Líbano, onde travaram uma ofensiva terrestre contra combatentes do Hezbollah, grupo militar apoiado pelo Irã.

O prazo foi estendido para 18 de fevereiro, mas os militares de Israel solicitaram a manutenção de tropas em cinco postos no sul do Líbano, segundo fontes ouvidas pela Reuters na semana passada.

Em um discurso gravado na televisão, o secretário-geral do Hezbollah disse: “Israel deve se retirar completamente em 18 de fevereiro, não tem pretexto… Este é o acordo.”

Qassem afirmou que qualquer presença militar israelense em solo libanês após 18 de fevereiro seria considerada uma força de ocupação.

“Todo mundo sabe como uma ocupação é tratada”, disse Qassem, sem ameaçar explicitamente que seu grupo retomaria os ataques contra Israel.

A emissora pública de Israel disse na quarta-feira (12) que os EUA haviam autorizado uma presença de tropas israelenses de “longo prazo” no sul do Líbano.

Durante a transmissão do discurso de Qassem, pelo menos três ataques aéreos israelenses atingiram o Vale de Bekaa, no leste do Líbano. Os militares israelenses disseram que realizaram ataques depois de identificar atividades do Hezbollah em locais que continham lançadores de foguetes e outras armas.

Proibição de voos iranianos

Qassem também pediu ao governo libanês que reconsidere a proibição de voos iranianos que pousam em Beirute.

As autoridades libanesas proibiram os voos de aterrissar até 18 de fevereiro, após acusações israelenses de que Teerã estava usando aeronaves civis para contrabandear dinheiro para Beirute e armar o Hezbollah.

A decisão deixou dezenas de cidadãos libaneses presos no Irã, onde estavam em peregrinação religiosa com planos de retornar pela Mahan Air do Irã. O Líbano enviou dois de seus próprios aviões para buscá-los, mas o Irã os impediu de pousar em Teerã.

Qassem descreveu a proibição do Líbano aos aviões iranianos como “a implementação de uma ordem israelense”.

 



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