Chilenos são investigados por furto a bancos em 5 estados e até fora do país

O trio chileno preso por furtar agências bancárias do Sicoob em Campo Grande é investigado em, pelo menos, quatro estados brasileiros, além de Mato Grosso do Sul, pelo mesmo crime. Para a polícia, eles eram especialistas em furtos a bancos e são suspeitos de atuarem até em outros países da América Latina.

A informação foi repassada pelo delegado Pedro Cunha, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), nesta terça-feira (25).

Segundo o delegado, o trio é suspeito de invadir bancos em Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, além de Mato Grosso do Sul. Ainda há indícios da participação deles em crimes semelhantes em países da América Latina; situação que ainda é investigada.

Uma das provas de que os chilenos eram especializados em furtos, é a que saíram de São Paulo exclusivamente para cometer os crimes em Campo Grande. Chegaram à capital sul-mato-grossense com a intenção de invadir três agências do Sicoob, mas por fim, entraram em duas. Foi o suficiente.

Depois dos crimes, voltaram para São Paulo com mais de R$ 100 mil, duas armas de fogo, 19 notebooks e 15 aparelhos telefônicos.

Apesar dos cuidados para não serem identificados, como por exemplo o uso de luvas na invasão, para não deixarem digitais, os suspeitos foram flagrados por câmeras de seguranças da região e, com essas imagens, o Garras conseguiu identificar os envolvidos e o carro que eles dirigiam.

Com ajuda da polícia de Minas Gerais e de São Paulo, onde o trio também é investigado pelos crimes, logo descobriram o endereço em que eles estavam.

O trio foi preso em flagrante nesse mesmo endereço. Com eles, a polícia paulista encontrou equipamentos usados no arrombamento, como serras, maçarico e até cilindros, além de parte dos celulares, notebooks e valores levados de Campo Grande. De acordo com o delegado, uma quantia do dinheiro furtado foi enviada para o exterior.

Esse envio do dinheiro para fora do país será investigado, assim como a escolha de agências do Sicoob. A princípio, a suspeita é que eles escolham o banco devido ao sistema de segurança utilizado nas unidades.

Para a reportagem, o delegado explicou que, para entrar na agência, os bandidos usam um meio de dissimular, enganar o sistema de alarme e de câmeras e, por isso, eles não eram acionados durante a invasão. Já dentro da unidade, arrombam os cofres para ter acesso ao dinheiro.

Os suspeitos vão passar por audiência de custódia em São Paulo. O juiz paulista também deve analisar o pedido para que eles venham para Campo Grande, onde a investigação será concluída.