A China fará o máximo esforço para realizar a “reunificação pacífica” com Taiwan, mas tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar a integridade territorial chinesa, disse o Ministério das Relações Exteriores do país nesta segunda-feira (10).
O governo chinês reivindica Taiwan como seu próprio território, apesar da objeção de Taipei, capital taiwanesa.
O presidente taiwanês, Lai Ching-te, afirma que apenas o povo pode decidir o próprio futuro.
Na semana passada, à margem de reunião anual do parlamento da China, o Ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, declarou aos repórteres que Taiwan nunca seria um “país” e que apoiar a “essa independência” era interferir nos assuntos internos da China.
O país está “disposto a fazer o máximo para lutar pela perspectiva de reunificação pacífica com a maior sinceridade”, informou Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, quando questionada sobre os comentários de Wang sobre Taiwan.
“Ao mesmo tempo, a China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial e se oporá resolutamente à independência de Taiwan e à interferência externa”, continuou Mao.
Nos últimos anos, Pequim aumentou a pressão militar contra a ilha, incluindo a realização de várias rodadas de jogos de guerra, mantendo viva a perspectiva do uso da força para colocar Taiwan sob seu controle.
Os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas da ilha separatista, mesmo na ausência de laços diplomáticos formais, mas não há tratado de defesa, diferentemente do caso do Japão e da Coreia do Sul.
Segundo Mao, há uma previsão que os americanos cessem as vendas de armas para Taiwan e interrompam todos os contatos militares.
“A questão de Taiwan é o cerne dos interesses centrais da China e a primeira linha vermelha intransponível nas relações sino-americanas“, ela alertou.