Choro, superação e muita alegria marcam Corrida do Pantanal 2024

Quando a equipe do Primeira Página começou a chegar para trabalhar neste domingo (22), por volta das 4 e meia da manhã, para a cobertura da 3º edição da Corrida do Pantanal, em Campo Grande, o desejo era ir a campo, caminhar pelos altos da Avenida Afonso Pena, e encontrar boas histórias.

A meta não só foi batida, como também fomos pegos de surpresa por tantas lições adquiridas por meio das histórias de superação de quem se inscreveu para caminhar ou correr.

Corrida do Pantanal está cheia de histórias de superação (Foto: Reprodução)

Teve bicampeão na categoria PCD masculino que enfrentou subidas árduas e se desafiou até chegar em primeiro na linha de chegada; atleta da mesma categoria, mas no feminino, que desanimou nem com o atraso do voo de Fortaleza até Campo Grande e também venceu; e história de quem, meses atrás, nem imaginava que estaria em pé para contar história, mas que driblou a própria vida e hoje pôde caminhar ao lado da filha.

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É por essa história que vamos começar. Quem viu a psicóloga e servidora pública Márcia Dourado toda sorridente antes da largada da camihada de 5 km, nem imagina pelo que ela passou, recentemente.

Mas, a filha dela, a personal trainer Bárbara Ferreira, chegou a se emocionar ao dizer o motivo de estar ao lado da mãe, na caminhada, ser tão especial. Veja só nesta entrevista:

Bárbara contou ainda, que a mãe, de 61 anos, fez exames de rotina em abril deste ano que não detectaram nada de anormal na saúde da psicóloga. Porém, num fim de semana, ela passou mal em casa.

“Levamos ela ao pronto-socorro e foi onde foi solicitada uma angioplastia para ela e no caso aconteceu de que ela teve que fazer a colocação de um stent no coração, porque a veia estava comprometida mais 70%. Foram dias internadas na UTI, com monitoramento 24 horas. Uma angústia, né, da gente que fica em casa, eu e meu irmão, de não saber se ia passar, o que que poderia acontecer, mas que no fim de tudo deu tudo certo, graças a Deus, e aos bons médicos que atenderam ela”.

Nas coincidências da vida, neste domingo, 22, completam 5 meses da angioplastia. Para celebrar à vida, mãe e filha caminharam 5 km na Corrida do Pantanal.

Na preparação pra prova, dona Márcia passou a ir pra academia todos o dias com a filha e també ao parque nos fins de semana.

Mãe e filha no hospital e, meses depois, na Corrida do Pantanal, neste domingo (Fotos: Arquivo pessoal)

“Comecei a levar ela aos domingos no parque, ela caminha enquanto eu corro. É muito bom ver que hoje ela está bem e é muito gratificante ver que ela conseguiu completar os cinco quilômetros com excelência, sem parar nenhum momento. Claro, teve seus picos de cansaço de palpitação mas é por conta que o corpo dela já não é mais a saúde como se diz de um jovem de 20 anos, como eu, então é muito bom mesmo ver que ela deu conta” que ela se prontificou e falou não eu vou e vou finalizar entendeu então é muito muito bom mesmo”.

O troféu tem destino certo

Maria de Fátima, atleta PCD, enfrentou muitos perrengues ao sair de casa, em Fortaleza, para participar da Corrida do Pantanal. O esforço deu certo! Ela venceu a prova em sua categoria.

“Passei tanta coisa para estar aqui, eu que venho de Fortaleza, tive meu voo cancelado, cheguei meio-dia de sábado, passei muita coisa para estar aqui. É muito gratificante”

E sabe quem mais a desafio na corrida? “Muitos me perguntaram, vai competir com quem? Eu falei, comigo mesmo”.

Com o título de campeã da categoria, o sorriso no rosto foi inevitável… mas, melhor ainda, é poder levar o troféu pra casa e entregar para uma pessoinha muito especial. Olha o recado da atleta:

“Filha, desculpa a falta da mamae, não só hoje, mas todos os dias, ao acordar às 4 da manhã pra treinar. Mas a mãe vai levar o troféu de presente pra você”.

Maria de Fátima, que pratica esportes há 16 anos, participou das Paralímpiadas de 2016, no Brasil.

Bicampeão

Foi a segunda vez que Leonardo de Melo, que é de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, sentiu o gostinho de vencer a Corrida do Pantanal na categoria PCD masculino. Mas, nem tudo foi mil maravilhas.