O ciclone Chido causou danos no arquipélogo de Mayotte, território francês localizado no Oceano Índico, deixando várias pessoas mortas, segundo autoridades locais. enquanto a tempestade rugia em direção à costa leste da África.
O ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, afirmou que ainda não forneceria o número oficiail de mortos e feridos, uma vez que as equipes de resgate ainda não foram capazes de avaliar a situação no terreno.
“Receamos que a quantidade de vítimas seja elevada, mas ainda não posso fornecer números”, disse Retailleau aos jornalistas após uma reunião de emergência no Ministério do Interior em Paris. “A ilha parece devastada”, acrescentou.
Chido trouxe ventos que superam os 220 km/h, de acordo com o serviço meteorológico francês, levantando telhados de metal das casas, que tem uma população de pouco mais de 300 mil habitantes, espalhados por duas ilhas principais que ficam a cerca de 800 quilômetros da costa africana.
O primeiro-ministro francês, François Bayrou, nomeado na sexta-feira (13), disse que as instalações públicas foram “severamente danificadas ou destruídas”, incluindo a prefeitura, o hospital e o aeroporto. Bayrou acrescentou que muitas pessoas que vivem em residências irregulares na região enfrentam “riscos muito sérios”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que estava monitorando de perto a situação.
“Nossa ilha está sendo atingida pelo ciclone mais violento e destrutivo desde 1934. Muitos de nós perdemos tudo”, disse o prefeito de Mayotte, François-Xavier Bieuville, em uma postagem no Facebook no sábado.
O prefeito também disse que o alerta máximo foi suspenso para que as equipes de resgate possam ajudar depois que o pior do ciclone tiver passado.
O Ministério do Interior francês afirmou que 1.600 policiais e policiais foram mobilizados para “ajudar a população e prevenir possíveis saques”.
Cerca de 110 equipes de resgate e bombeiros foram enviados pela França e da ilha Reunion já foram enviados ao local. Neste domingo, mais 140 pessoas serão enviadas para auxílio.
Considerada a ilha mais pobre de França, Mayotte já enfrentou dificuldades com secas e a falta de investimento.
Por meio de uma mensagem na rede social X, o ministro dos Transportes francês, François Durovray, disse que o aeroporto de Mayotte foi “gravemente danificado, especialmente a torre de controle”.
Ele também acrescentou que a infraestrutura da ilha foi fortemente afetada e o tráfego aéreo será reaberto apenas para aeronaves militares por enquanto. Navios estão sendo usados para o fornecimento de suprimentos.
Segundo o prefeito Bieuville, Mayotte segue em alerta vermelho para a população comum e as pessoas foram orientadas a “permanecer confinadas em abrigo sólido”. Apenas os serviços de emergência e segurança foram autorizados a sair.