A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, defendeu na terça-feira (17) a política de não violência em relação aos cartéis de narcotráfico do presidente Andrés Manuel López Obrador, ao comentar sobre a violência que resultou na morte de pelo menos 35 pessoas em Sinaloa, no noroeste do país.
“A questão é se entramos em um confronto violento com esses grupos. O que aconteceria se houvesse uma confrontação violenta? Provavelmente, mais violência. Por isso, é uma estratégia diferente. Talvez não seja exatamente esperar que os grupos deixem de se enfrentar. Apenas o que está sendo feito agora, que é proteger a população”, disse Sheinbaum.
Sheinbaum se tornará a primeira mulher a comandar as Forças Armadas do México quando assumir a presidência do país, no próximo dia 1º de outubro.
A violência em Sinaloa obrigou o governador Rubén Rocha Moya a suspender a celebração do Grito de Independência, e as aulas em todos os níveis foram canceladas por dois dias na semana passada.
A política de “Abrazos, não balazos” de López Obrador para enfrentar os cartéis tem gerado críticas, que o presidente rejeita.
Uma carta divulgada na terça-feira por Genaro García Luna, ex-secretário de Segurança Pública do México condenado por colaboração com o crime organizado, menciona as acusações de supostos vínculos entre o governo mexicano e líderes do narcotráfico. López Obrador nega as acusações.