O pedido para que o vereador Claudinho Serra (PSDB) tire a tornozeleira eletrônica que usa desde maio foi negado pela justiça. Como resposta, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva ainda renovou o uso do equipamento do político e de outros cinco investigados pela Operação Tromper por mais 180 dias.
Claudinho é apontado como mentor de um esquema que desviava verba pública da Prefeitura de Sidrolândia por meio de contratos fraudulentos. No início do ano, as ações contra a organização criminosa resultaram na Operação Tromper. Na época, o vereador de Campo Grande chegou a ser preso, mas ganhou a liberdade com uso de tornozeleira.
Desde então, é monitorado pela justiça. Recentemente, a defesa de Claudinho e de outros réus do processo, entraram com pedidos para retirarem os equipamentos. Entre as alegações estavam as de que o vereador afastado possui residência fixa, não apresenta risco a investigação e está sendo constrangido pelo longo período de tempo em que está de tornozeleira.
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Ao analisar os pedidos, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva alegou que os motivos não devem ser levados em consideração. Isso porque, segundo ele, a tornozeleira eletrônica é uma medida que permite que os réus aguardem o processo em liberdade. Também reforçou que ela é necessária para manter a “ordem pública”, já que mesmo depois da primeira fase da operação, a Polícia Federal identificou integrantes do grupo envolvidos em novos crimes.
Diante disso, renovou por mais 180 dias o uso da tornozeleira de Claudinho Serra e outras cinco pessoas, são elas: Carmo Name Júnior, Ricardo José Rocamora, Ana Cláudia Alves Flores, Marcus Vinicius Rossentini de Andrade Costa e Thiago Rodrigues Alves.
Apenas um dos réus conseguiu retirar a tornozeleira, Milton Matheus Paiva Matos, isso porque ele fez um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, o que para o magistrado, mostrava sua intenção e não cometer mais crimes.
Hoje, Claudinho Serra está afastado do cargo na Câmara de Campo Grande devido a um atestado médico apresentado no dia 17 de outubro. O documento vale por 30 dias.
Desde que saiu da prisão o vereador apresenta atestados que o impedem de voltar as sessões. Ele já está seis meses sem pisar na câmara.