A equipe da Defesa Civil Municipal esteve na Igrejinha da Tia Eva, em Campo Grande, para realizar um novo laudo de interdição da estrutura nesta terça-feira (4). O local está em risco iminente de desabamento. Fitas foram colocadas ao redor do prédio histórico para impedir a passagem de pessoas.
Conforme apurado pelo Primeira Página, parte do telhado está prestes a cair, impedindo a abertura da porta de entrada. A informação foi confirmada pelo presidente da comunidade, Ronaldo Jefferson da Silva.
À reportagem, o representante relatou que o local já havia sido interditado pela Defesa Civil Estadual em maio do ano passado, mas que na visita mais recente, foi colocada uma faixa zebrada para evitar a passagem de pessoas em frente à edificação.
Nos nove meses que se passaram desde a primeira interdição, o telhado cedeu parcialmente, impedindo a abertura da porta de entrada. Com a nova visita, um laudo atualizado será formulado pela Defesa Civil, que deverá encaminhar o pedido à prefeitura de Campo Grande, quanto às novas tratativas e possíveis reformas.
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Em nota, a prefeitura da capital sul-mato-grossense informou que houve um acordo com o Ministério Público, por meio da Secult (Secretaria-Executiva de Cultura e Turismo), a qual está responsável pelo projeto executivo de restauro do local e que já está concluído.
“ […] Já sendo entregue à Fundação de Cultura do Estado de MS [o projeto], que conforme estabelecido será responsável pela execução da obra.A Prefeitura reitera seu compromisso com a preservação do patrimônio histórico e reconhece a importância histórica e cultural da Igreja São Benedito para a nossa cidade”, explicou a nota.
Já a Fundação de Cultura informou que estão sendo finalizados os trâmites necessários para que o processo licitatório sobre a obra seja aberto.
“O compromisso com a preservação deste patrimônio histórico e cultural segue como prioridade, e todas as etapas estão sendo conduzidas conforme os procedimentos legais. A previsão é de que a licitação seja realizada ainda em 2025, garantindo que a igreja receba as melhorias necessárias para a valorização de sua história e relevância para a comunidade”, afirmou a nota.
Em janeiro deste ano, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), através da 3ª Câmara Cível, determinou a realização de reparos emergenciais. À época, foram dados 120 dias de prazo para os reparos urgentes.