Comandante rebelde sírio, Abu Mohammed al-Golani, foi aplaudido por uma multidão na capital síria, Damasco, neste domingo (8), após a queda do presidente Bashar al-Assad.
A Reuters confirmou o local como a entrada da Mesquita dos Omíadas, em Damasco, pelas características do edifício, incluindo os arcos e uma palmeira, que coincidem com imagens de satélite e registros do local.
A data foi verificada por meio de um comunicado televisionado de rebeldes sírios, divulgado no início deste domingo, afirmando que haviam tomado o controle de Damasco.
Em uma declaração lida na TV estatal da Síria, após as forças rebeldes assumirem a cidade, o líder afirmou que não há espaço para retroceder e que o grupo está determinado a continuar o caminho iniciado em 2011, durante a Primavera Árabe.
“O futuro é nosso”, dizia a declaração de al-Golani.
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais – da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia – se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.