A União Europeia disse nesta quinta-feira (14) que os países presentes na COP29 ainda estavam “longe” de chegar a um acordo, sobre uma meta coletiva para financiar os esforços contra às mudanças climáticas.
O negociador da UE, Jacob Werksman, disse que o texto preliminar da Nova Meta Coletiva Quantificada (NCQG) ainda era muito longo para “enviar os sinais necessários”.
O foco da COP29 é o financiamento, cujo sucesso será provavelmente avaliado pela possibilidade de se chegar a um acordo sobre uma nova meta de quanto os países mais ricos, os credores do desenvolvimento e o setor privado podem fornecer anualmente para ajudar os países em desenvolvimento a financiar a transição para uma energia mais verde e a se protegerem contra condições climáticas extremas.
Questionado sobre a falta de comparecimento de algumas das principais figuras dos países da UE, Werksman disse que a França e a Holanda são “líderes absolutos” na área de política climática, acrescentando que a Cúpula do Clima deve ser um lugar onde todas as partes se sintam à vontade para vir e negociar sobre ações climáticas, independentemente de questões bilaterais.
“É isso que a UE está fazendo agora e é isso que continuaremos a fazer”, declarou.
A ministra francesa do clima, Agnès Pannier-Runacher, cancelou na quarta-feira (13) sua viagem à COP29, depois que o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, acusou a França de “crimes” em seus territórios ultramarinos no Caribe.
A França e o Azerbaijão têm relações tensas há muito tempo devido ao apoio de Paris à Armênia, rival do país.
Além disso, esse ano, Paris acusou Baku de se intrometer e incentivar distúrbios violentos na Nova Caledônia, que é um território francês.