Muito antes de ocuparem as prateleiras dos supermercados e se tornarem o presente mais aguardado pelas crianças, na origem dos ovos de Páscoa, eram decorados à mão e feitos com cascas reais de galinha, pato ou até mesmo avestruz. Fragilizados, porém simbólicos, esses ovos eram pintados e enfeitados com tecidos, laços e adornos delicados, sendo oferecidos como gestos de renovação e esperança.
O costume de presentear com ovos remonta a rituais pagãos ancestrais, nos quais o ovo simbolizava a fertilidade e o renascimento da vida. Mais tarde, essa tradição foi incorporada por celebrações cristãs, especialmente nas igrejas orientais, tornando-se parte do simbolismo da Páscoa.
Origem dos ovos de Páscoa
A transformação dos ovos decorativos para os ovos de chocolate começou a se desenhar na Europa, por volta de 1850, quando confeitarias da França e da Alemanha passaram a produzir os primeiros modelos comestíveis.
O objetivo era oferecer algo mais atrativo ao paladar, sem perder o valor simbólico. A partir daí, com o avanço das técnicas de fabricação e o crescimento das indústrias, os ovos de chocolate se popularizaram e ganharam espaço nas comemorações pascais.
Com o desenvolvimento da produção em escala, os ovos também aumentaram de tamanho e variedade.
Atualmente, há modelos que chegam a ter o tamanho de uma pessoa, reforçando o apelo visual e comercial dessa tradição.
Ao longo dos anos, a industrialização e o marketing reforçaram o caráter comercial dos ovos de Páscoa.
Embalagens coloridas, personagens licenciados, brindes e campanhas publicitárias contribuíram para consolidar o chocolate como elemento central da celebração moderna.
Apesar disso, o simbolismo do ovo como representação da vida e do renascimento continua presente na essência da Páscoa.
Mesmo que envolto em papel colorido e recheado de brinquedos, o gesto de presentear um ovo ainda carrega, em sua origem, uma mensagem de Páscoa.
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Coelhos viram presentes na Páscoa e são abandonados dias depois