Conheça as maiores curiosidades do gigante do Pantanal


O tatu-canastra, maior tatu do mundo, é uma espécie fascinante e de extrema importância para a biodiversidade no Brasil. O animal tem características únicas e um papel essencial nos ecossistemas onde habita, como o Pantanal.

(Foto: Projeto Tatu-canastra)

O tatu-canastra desperta atenção não apenas por seu tamanho impressionante, mas também pela necessidade urgente de sua conservação.

Apesar de ser a maior espécie de tatu, estes gigantes são raramente vistos. Até recentemente, pouco se sabia sobre eles e o que conhecíamos ainda era incerto.

Através dos esforços da equipe do Projeto Tatu-Canastra, hoje em grande parte do mundo, as pessoas sabem da sua existência e da importância da sua toca para outras espécies que compartilham o mesmo habitat.

Conheça as maiores curiosidades sobre o engenheiro do ecossistema que habita o Pantanal.

1. O maior tatu do planeta

(Foto: Projeto Tatu-canastra)
(Foto: Projeto Tatu-canastra)

Os adultos do tatu-canastra podem alcançar 1,50 m de comprimento, da ponta do nariz à ponta da cauda, e pesar em média 33 kg, com os machos geralmente maiores que as fêmeas. Esses números fazem dele o maior representante da sua família.

2. Cabeça personalizada

(Foto: Projeto Tatu-canastra)
(Foto: Projeto Tatu-canastra)

Cada tatu-canastra possui um arranjo único de escamas na cabeça, comparável a uma impressão digital humana, permitindo a identificação individual.

3. Carapaça bicolor

Os tatus-canastras tem uma enorme e escura carapaça com bandas flexíveis. Esta grande carapaça também apresenta uma linha branca na lateral característica da espécie que auxilia a identificar indivíduos.

4. Patas poderosas

Pata dianteira do tatu-canastra (Foto: Projeto Tatu-canastra)
Pata dianteira do tatu-canastra (Foto: Projeto Tatu-canastra)

As patas dianteiras são equipadas com garras de até 14,5 cm de comprimento, usadas para cavar buracos, abrir cupinzeiros e garantir sua locomoção.

5. Engenheiro do solo

TATT

O tatu-canastra cava três tipos de buracos:

  • Buracos de alimentação com cerca de 60 cm de comprimento.
  • Buracos de descanso, profundos, com cerca de 1,70 m, usados geralmente por uma noite.
  • Buracos mais extensos, de até 4 m, usados por alguns dias.

Suas tocas têm formato semicircular e medem, em média, 40 cm de largura por 33 cm de altura. Essas estruturas são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas, pois também beneficiam outras espécies.

6. Comportamento

O tatu-canastra é uma espécie de hábito noturno, com maior atividade entre 22h30 e 3h. Na natureza, vive entre 12 e 15 anos, mas pode alcançar até 16 anos em cativeiro.

7. Reprodução

(Foto: Projeto Tatu-canastra)
(Foto: Projeto Tatu-canastra)

A maturidade sexual ocorre por volta dos 7 anos para ambos os sexos. As fêmeas dão à luz apenas um filhote por vez, que nasce com aproximadamente 113 g.

O cuidado parental é longo: o filhote é amamentado até os 6 a 8 meses, desmamado aos 12 meses, mas permanece dependente da mãe até os 18 meses e pode ser encontrado em seu território até os 2 anos de idade.

8. Habitat e distribuição

Em média, um tatu-canastra cava uma toca a cada três noites.
Em média, um tatu-canastra cava uma toca a cada três noites. (Foto: Icas)

O tatu-canastra ocorre exclusivamente na América do Sul, habitando biomas como Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Esta ampla distribuição abrange países como Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela, Guianas, e outros.

9. Alimentação

Em uma noite, um tatu-canastra pode cavar até seis tocas em apenas 15 minutos para se alimentar de formigas e cupins. As tocas tinham aproximadamente 80 centímetros de comprimento.

10. Símbolo de conservação

No PERD (Parque Estadual Rio Doce), a última população viável da espécie na Mata Atlântica é monitorada cuidadosamente.

Estudos têm ajudado a compreender aspectos cruciais, como densidade populacional, viabilidade genética e ameaças, além de promover educação ambiental.

Tornar o tatu-canastra um símbolo de conservação é essencial para garantir sua sobrevivência.

Sua proteção não é apenas um esforço pela preservação de uma espécie única, mas também pelo equilíbrio ecológico de diversos ecossistemas sul-americanos.





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