Conib: denúncias de antissemitismo sobem 350% entre 2022 e 2024 no Brasil

CNN Brasil


O mundo vive um crescimento alarmante dos casos de antissemitismo, e o Brasil segue a mesma tendência. É o que revelam dados divulgados nesta terça-feira (15), em evento Confederação Israelita do Brasil (Conib).

Em 2024, 73% de todas as denúncias de antissemitismo feitas no país ocorreram no ambiente digital, um salto significativo em relação aos 51% registrados em 2022.

O relatório mostra que foram identificadas 84.971 menções antissemitas na internet ao longo do último ano.

• Gabriela Milanezi

As redes sociais X (antigo Twitter) e Instagram continuam como as principais plataformas de casos de intolerância aos judeus, com 48% e 37% das denúncias de casos em redes.

O X passa a ocupar a primeira colocação, passando de 32% em 2023 para 48% em 2024.

No entanto, os casos não se restringem apenas ao ambiente digital. As principais ocorrências incluem vandalismo, agressões verbais e físicas.

São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul concentram cerca de 40% de todas as denúncias registradas no país.

Exemplos recentes chamaram atenção pela violência simbólica: em 7 de setembro de 2024, durante um desfile tradicionalista alemão, um carro antigo passou pelo local exibindo uma bandeira nazista. Dez dias depois, em Itajaí (SC), cartazes que felicitavam Adolf Hitler foram colados em postes da cidade.

O presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Marcos Knobel, destacou o aumento significativo das denúncias após o início do conflito entre Israel e o Hamas em outubro de 2023.

“Com essa guerra, nós vimos que o antissionismo se manifestou na forma de antissemitismo. Nada contra você ser contra a política de um governo, mas quando você quer a destruição de um país, isso sim é antissemitismo”, disse.

O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, ressaltou que “o antissemitismo não é um desafio apenas dos judeus, é um desafio das pessoas que querem o bem”.

Para especialistas, os dados mostram uma radicalização crescente desde 2019. De acordo com a Conib, o objetivo não é não apenas alertar, mas também colaborar com a definição de estratégias para conter o avanço do antissemitismo no Brasil. Isso, segundo a confederação, inclui o trabalho da inteligência das forças de segurança que trabalham em conjunto para busca ativa nas redes sociais.



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